Pesos e medidas
Polícia Civil e Assembleia Legislativa estão dando um péssimo exemplo aos cidadãos goianos quando tratam de maneira diferenciada o caso do padre Luiz Augusto. Ele já admitiu ser funcionário fantasma da Assembleia há 20 anos e, ao contrário das primeiras declarações, ter utilizado parte do salário em programas sociais. A ordem superior é para que o sacerdote não seja exposto.
Caixa preta
Padre Luiz Augusto é cidadão como outro qualquer e precisa parar com a ladainha de que não tem apego a dinheiro. E muito menos de que “tentou” se demitir oito vezes. Não é o caso de execração pública, mas simplesmente uma prestação de contas sobre como e onde os recursos foram aplicados. O padre possui um histórico de excelentes serviços prestados a milhares de fiéis na Região Metropolitana de Goiânia, portanto não tem o que esconder. Ou será que tem?
Escaldado
Não está no gibi a quantidade de repórter e comentarista político enxugando gelo em Goiás. Ano pré-eleitoral tem como regra as conversas sem fim, o período em que ninguém é de ninguém. O ex-prefeito Vanderlan Cardoso (PSB), nesse aspecto, é o protagonista de todas as rodas, menos aquelas que envolvem o PMDB de Iris Rezende. Ele já foi filiado ao partido e sabe que a vaga de candidato a prefeito de Goiânia já tem dono desde o término da sucessão estadual em 2014.
A noiva de sempre
As manifestações populares do último domingo consolidaram algumas mudanças na rotina política de Brasília. Humildade substituiu de vez as palavras honestidade e transparência nas declarações públicas. Ministro de Estado pouco ou quase nada está valendo na bolsa de apostas. Entrevista coletiva agora é dia sim e outro também. Só um aspecto se mantém intacto há décadas e sem perspectiva de alteração: o PMDB, com o vice e as presidências da Câmara e do Senado, é o fiel da balança para a governabilidade.
Alvos preferenciais
Seguindo a linha do quadro “Manda Outra” da coluna, a internauta Maria Lúcia Gonçalves, de Aparecida de Goiânia, nos enviou a sua colaboração. Qual ministro tem desagradado mais a presidente (exigente e impaciente) Dilma Rousseff?
( ) Joaquim Levy (Fazenda);
( ) Aloizio Mercadante (Casa Civil);
( ) Cid Gomes (Educação);
( ) José Eduardo Cardozo (Justiça);
( ) Pepe Vargas (Relações Institucionais);
( ) Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência);
( ) Todas as alternativas anteriores.
Um dia acaba
Nada como homenagear a brilhante Elis Regina, que hoje estaria completando 70 anos, com “Águas de Março”. Apenas um trecho antológico e emblemático, responsável por calafrios em governantes e partidos políticos que sonham com a hegemonia no poder:
“É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho…”
Dando o que falar
O autor é Gilberto Braga e as atrizes envolvidas Fernanda Montenegro (Tereza) e Nathália Timberg (Estela). O resultado não poderia ser outro: polêmica. O beijo gay no primeiro capítulo da novela “Babilônia”, entre um casal que vive junto há 35 anos, foi tratado com a naturalidade e a sutileza necessárias. A discordância é salutar e precisa ser respeitada, longe da guerra absurda que se trava nas redes sociais.
Ouça Elis Regina [Águas de março]
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