Parque de pesadelos
Localizado na região sudoeste de Goiânia, o Parque Cascavel virou sinônimo de problema para a administração municipal. Uma série de equívocos cometidos desde a inauguração, em 2009, acabou com a paciência dos moradores do Parque Amazônia, Vila Rosa e Jardim Atlântico, seus principais frequentadores. A Prefeitura agora deu início às obras para acabar com o assoreamento do lago, problema que existe há mais de dois anos, mas o procedimento vem sendo criticado por engenheiros.
Resultado frágil
Especialistas na área alegam que a opção técnica ideal para o Parque Cascavel é a drenagem completa do lago com equipamento adequado. Entendem como paliativa a limpeza que está sendo realizada hoje no local, algo que deve durar dois ou três anos, no máximo. “É uma questão de desperdício de dinheiro público. O resultado irá trazer uma satisfação momentânea para quem usufrui daquela unidade ambiental, mas o assoreamento certamente voltará a tomar conta do lago”, assegura um engenheiro com 30 anos de experiência e que prefere não revelar o nome.
Preço salgado
E o pior é que ninguém na Prefeitura de Goiânia se entende sobre o valor exato para a recuperação do lago do Parque Cascavel. As estimativas oscilam de R$ 2,8 milhões a R$ 7 milhões, dependendo é claro do tempo que o maquinário precisará ser utilizado. Um custo elevado que não deveria estar sendo debitado na conta do poder público, do cidadão goianiense, mas sim no bolso das construtoras que se associaram à Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) há seis anos para lucrar com a especulação imobiliária nas proximidades do parque.
Cambeta da alegria
Causou hoje grande comoção no meio político da capital a morte do suplente de vereador João Amazilio de Oliveira (PTB), mais conhecido como Cambeta. Servidor público municipal, ele reagiu ontem a assalto no Parque Tremendão, foi baleado e acabou não resistindo. Sorriso fácil e carismático, Cambeta transitava com desenvoltura em todas as rodas políticas. A coincidência trágica é que Cambeta morreu exatamente no dia em que completava 69 anos.
Ação e reação
A deputada Júlia Marinho (PSC-PA) é mais uma integrante da bancada evangélica na Câmara Federal a partir para o enfrentamento com os homossexuais. É dela o projeto que tramita na Comissão de Direitos Humanos proibindo a adoção de criança por casal homoafetivo. O que ninguém nega, pelo menos nos bastidores, é a influência da novela “Babilônia” nessa iniciativa parlamentar. “Há um consenso na bancada: se a Globo incentiva, nós faremos tudo para desestimular”, assegura outro deputado evangélico.
Andar de cima
Em sua justificativa, Júlia Marinho alega temer o desgaste psicológico e emocional da criança adotada por um casal homoafetivo. Trocando em miúdos, a parlamentar faz uma previsão de que haverá desequilíbrio independente do sentimento envolvido na relação. A bancada evangélica ganhou força na atual legislatura em função do respaldo dado pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, também evangélico e extremamente conservador em se tratando de questões sexuais e familiares.
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