Desarticulação
A epidemia de dengue que assola o país comprova a ausência de ações coordenadas entre as instâncias públicas. Houve um afrouxamento nas ações preventivas nos últimos dois anos, tanto na destinação de recursos como no treinamento de novos profissionais. Outro detalhe: a epidemia de dengue no Rio de Janeiro já havia sinalizado que hospitais de campanhas eram o melhor caminho para o diagnóstico rápido da doença.
Cortina de fumaça
Quando o assunto é adoção, o brasileiro não consegue esconder o seu lado racista. Cerca de 40% das pessoas que desejam adotar uma criança aceitam que ela seja negra. A maioria, portanto, faz opção por pele branca. Questionados sobre o motivo da preferência, os casais costumam justificar que a sociedade “não admite, mas é discriminatória” e o filho sofreria muito com essa realidade. Pouquíssimos admitem que a preocupação nada mais é do que racismo disfarçado.
Fim da trégua?
A queda de braço entre o senador Ronaldo Caiado e o procurador Demóstenes Torres está bem longe de um abrandamento. Assessores dos dois lados prometem novidades para os próximos dias. Os mais céticos acreditam que tudo não passa de estratégia para inibir ação do oponente. Pelo sim, pelo não, novos artigos e ácidas respostas para supostos ataques já estão devidamente preparados.
Novo x velho
Os bastidores da mídia digital em Goiás andam agitados. A divulgação de pesquisas sobre número de acessos aos blogs e sites de notícias e liberação de publicidade por órgãos públicos deflagraram uma verdadeira guerra por espaço e reconhecimento das agências de publicidade. Todos buscando um lugar ao sol e enfrentando a ira de veículos de comunicação tradicionais, que temem perder ainda mais espaço e recursos na divisão das mídias.
Invenção de cartola
A seleção brasileira mal superou o vexame da última Copa do Mundo e a cúpula da CBF insiste em conturbar o ambiente. O empresário e jornalista João Dória Júnior no comando da delegação durante a Copa América do Chile é daquelas ideias sem pé nem cabeça. A função se compara ao da Rainha da Inglaterra, todos sabem, agora João Dória irá enfrentar por tabela a desconfiança e a inveja dos colegas especialistas em futebol. Um mal estar desnecessário quando a prioridade deveria ser simplesmente a conquista do título para limpar a barra com a torcida.
Dupla desafinada
João Dória Júnior, aliás, é o autor da célebre frase sobre o técnico Dunga logo após a eliminação da seleção brasileira na Copa da África do Sul. Inconformado com as opções táticas do treinador e a ausência de Neymar e Ganso no elenco, o dublê de comentarista disparou em sua conta no Twitter: “Dunga volta para o Brasil e vai montar uma consultoria com Sebastião Lazaroni (criticado técnico do Brasil na Copa da Itália em 90)”. Ironicamente, Dunga estará lado a lado com João Dória no Chile.
Discussão sobre isso post