Outra realidade
Um observador da política goiana costuma dizer que o senador Ronaldo Caiado (DEM) só consegue ser light em suas observações quando se refere à família e ao apoio do PMDB nas últimas eleições. Fora disso, é porrada sem dó nem piedade. E o parlamentar tem mantido a coerência da última campanha nas ácidas críticas contra Dilma, Lula e o PT nacional, e também contra Marconi e o PSDB regionalmente. Pouco mais de três meses da nova legislatura se passaram e agora Caiado começa a experimentar o outro lado da moeda.
Todos contra um
Reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” em que aponta funcionária do Senado Federal trabalhando de forma questionável em escritório de Goiânia que cuida das fazendas de Caiado não é nenhuma bomba, entretanto foi usada como alerta ao senador. Governo, imprensa e desafetos políticos estão reunindo arsenal para contrapor os ataques do político goiano. E com um único objetivo: fragilizar o discurso moral e contestador de Caiado. Já tem petista comemorando o simples fato do parlamentar ser obrigado a dar explicações sobre os seus atos. Nada como um refresco momentâneo.
Quadro de momento
Definições para gestores reeleitos 6 meses após as campanhas:
Beto Richa, um governador acuado;
Marconi Perillo, um governador quebrado;
Geraldo Alckmin, um governador desidratado;
Dilma Rousseff, uma presidente encurralada por panelas.
Sujeira sem fim
As provas obtidas pelo jornal “O Estado de S. Paulo” das falcatruas cometidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) provocaram uma tímida reação dos torcedores e da crônica esportiva. Também pudera. Amistosos da seleção brasileira e convocação de jogadores sempre foram tratados prioritariamente como negócio pelos cartolas. O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira sequer se preocupava em disfarçar os acordos milionários. Amparado por contrato com a Rede Globo e a forte influência junto ao Governo federal e ao Congresso Nacional, Teixeira construiu uma escola de tráfico de influência que nenhum outro presidente deixará de manter.
Sem ilusão
O torcedor goiano não é bobo e já percebeu nas primeiras rodadas das Séries A, B e C que Goiás, Atlético e Vila Nova terão que melhorar muito para não passar sufoco em suas respectivas competições. Nem mesmo o campeão goiano, apesar dos quatro pontos iniciais, desperta a confiança para se manter entre os primeiros colocados. Problema crônico dos três clubes: ausência de peças de reposição para a disputa de campeonatos tão longos e equilibrados.
Sonho? Me belisca!
Dos R$ 6 bilhões pagos em propina na Petrobras, R$ 157 milhões devolvidos à empresa e outros R$ 350 milhões na alça de mira para eventual retorno. Tem quem fale em mixaria, mas em se tratando de Brasil já é um alento considerável. Da prisão de agentes públicos à devolução de dinheiro desviado, uma democracia que vê suas instituições fortalecidas. Há poucos anos pareceria utópico.
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