Festival de ilusões
Solicitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o adiamento por 30 dias da análise das contas do governo Dilma Rousseff (PT) revela tão somente uma trégua para que o documento fantasioso seja aperfeiçoado nos bastidores. A polêmica, aliás, é proporcional ao tamanho da fragilidade política da presidente desde a vitória apertada no segundo turno para Aécio Neves (PSDB). O mesmo sofrimento pela aprovação das pedaladas fiscais não atinge outros governos e instituições públicas que insistem em criar factóides para justificar ações nada republicanas. Confira uma breve relação de “peças fictícias” que fazem inveja ao relatório de Dilma e que ninguém leva a sério no noticiário:
– valores oficiais pagos por empresários para bancar viagens e palestras dos ex-presidentes FHC e Lula por intermédio de seus respectivos institutos;
– relação de gastos com cartões corporativos no governo federal;
– aprovação das contas do governador Marconi Perillo;
– construção de 81 Cmei’s para zerar déficit no ensino infantil de Goiânia;
– balancetes financeiros do governador Beto Richa (PR);
– transparência e fiscalização de ponto eletrônico na Assembleia Legislativa de Goiás;
– demonstrativo da crise hídrica no Governo Geraldo Alckmin (SP).
Vivendo e aprendendo
Errou feio quem apostou na inércia da Justiça em relação ao caso do padre Luiz Augusto na Assembleia Legislativa. O bloqueio dos bens do líder religioso, de ex-presidente e servidores da Casa, independente dos valores e do tempo de duração, não chega a ser motivo de comemoração, mas sim de reflexão. Todos somos passíveis de erro no trato com dinheiro, ainda mais quando os recursos são públicos. O promotor Fernando Krebs fez a sua parte, acatada pela Justiça. Cabe agora aguardar a defesa dos envolvidos e a decisão definitiva. O caso padre Luiz Augusto, na pior das hipóteses, tem tudo para ser um divisor de águas no Legislativo goiano.
Cozinha
Se Goiânia experimentou tititi gastronômico com o fechamento temporário da Churrascaria Gramado para adequações, a bronca do momento está situada na capital federal, bem em frente ao Palácio do Planalto. A Vigilância Sanitária interditou o restaurante do Senado por falta de higiene e exigiu dedetização imediata. Os responsáveis ganharam 48 horas para, literalmente, promoverem um limpa no local.
Fora de foco
A propósito da Churrascaria Gramado da T-63, o movimento no Dia dos Namorados eliminou qualquer dúvida de que os clientes ainda estariam ressabiados com a higiene e manutenção dos alimentos. Dezenas de casais e grupos familiares lotaram as dependências e o estacionamento do restaurante. O que ainda não acabou foi o trauma dos garçons com celulares. Um deles tremeu na base quando a cliente lhe entregou o aparelho e pediu para fazer uma foto com as amigas.
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