Terra de contrastes
Pouquíssimas autoridades públicas deram importância à divulgação do novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) apontando o Brasil como o oitavo país com maior desigualdade do mundo. Não há surpresa na constatação, afinal repete-se o ranking negativo com Namíbia (1ª), Lesoto (2ª), Botsuana (3ª) e na sequência Serra Leoa, República Centro Africana, Suazilândia, Guatemala e Brasil.
Visão míope
O que chama atenção é a ignorância (ou má-fé) dos governantes quando a Unesco apresenta relatório sobre o mesmo tema entre os municípios. Muitos preferem não enxergar a realidade por questões políticas. Se vivemos num país extremamente desigual, é óbvio que a base também padeça do mesmo mal. Capitais como Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre carregam no seu dia-a-dia o extremo do contraste, alternando elevadas referências em qualidade de vida com baixos índices de desenvolvimento humano.
Mais ação
Trata-se de um fenômeno mundial, agravado pela ampliação das regiões metropolitanas. O que praticamente não existe no Brasil, por picuinha política, é pragmatismo dos governantes no enfrentamento de problemas comuns aos municípios. Esses mesmos gestores preferem perder tempo contestando dados de organismos internacionais do que formular políticas públicas conjuntas para diminuir a desigualdade social que tanto humilha os brasileiros.
Sonho distante
Em tempo: os oito países menos desiguais são, pela ordem, Dinamarca, Japão, Suécia, Bélgica, República Tcheca, Noruega, Eslováquia e Bósnia. Todos com elevados investimentos em educação. E por aqui somos a “Pátria Educadora” do papel, um país continental marcado pelo desequilíbrio, corrupção e descontinuidade administrativa.
Sem dormir
Cresce a apreensão entre políticos goianos a partir da publicação do conteúdo dos contatos mantidos pelo empresário Marcelo Odebrecht. Eurípedes Júnior (Pros) e Fabio Tokarski (PCdoB) foram os primeiros nomes revelados, mas a lista de interlocutores é expressiva e suprapartidária.
Pegou mal
Ninguém entendeu o motivo para três participações ao vivo do repórter Rodrigo Mansil na missa de um mês do falecimento do cantor Cristiano Araújo. O telespectador do Jornal Anhanguera 2ª edição percebeu o incômodo dos presentes e a repetição das mesmas informações em poucos minutos de duração do noticiário.
Ironia
A mesma transmissão exclusiva (canal aberto) dos Jogos Pan-Americanos de Toronto que tanto proporciona prestígio e credibilidade à Rede Record tem provocado sucessivas quedas em sua audiência diária. Não basta comprar o evento, a peso de ouro, é preciso saber selecionar.
Cenário real
A disputa entre Vila Nova e Goiás para saber qual clube vai levar mais torcida ao Serra Dourada no próximo final de semana mais parece uma prévia do que virá pela frente em 2016. Se depender do futebol apresentado até aqui, Goiás e Vila têm tudo para acirrar a rivalidade na Série B, enquanto o Atlético cai para a Série C por falta de time qualificado, dinheiro e torcida. Tá bom ou quer mais?
Discussão sobre isso post