Os professores da rede estadual protagonizaram um capítulo negro na história do ensino público. Simplesmente conseguiram a proeza de realizar uma greve (50 dias) sem fundamento, intercalada por férias e que foi encerrada na manhã de hoje da mesma forma melancólica que começou. Em que pese a justificativa de Bia Lima, presidente do Sintego, alegando avanço nas negociações, a sensação é de desprestígio da categoria quando o principal foco continua sendo agendar um encontro com o governador Marconi Perillo.
Divisão radical
Faz tempo, aliás, que os movimentos grevistas na área da educação em Goiás deixaram de se transformar em conquistas concretas para os professores. Um dos mais significativos nos últimos anos serviu apenas para queimar politicamente o então secretário Thiago Peixoto (economista), algo que não aconteceu em relação à atual gestora Raquel Teixeira (professora). A imagem do Sintego é de uma entidade fragilizada, que enfrenta forte dissidência como ficou comprovado na greve da categoria em Aparecida de Goiânia.
Mais do mesmo
E por falar em greve, podem apostar que o movimento deflagrado nas universidades públicas espalhadas pelo país, entre elas a UFG, não vai representar um milímetro de avanço para os professores e servidores administrativos. Restará apenas aos alunos o tormento em relação ao cronograma de reposição das aulas. Essa é a realidade há mais de três décadas.
Um breve alento
Repórteres políticos em Goiás ficam ouriçados quando líderes partidários, além do governador Marconi Perillo, saem dos gabinetes e criam opções de incremento ao noticiário. Foi o que aconteceu na segunda-feira com o ex-prefeito Iris Rezende, na sede do TRT, e o senador Ronaldo Caiado em entrevista ao programa Roda Vida da TV Cultura. Os dois líderes da oposição em Goiás não falaram nada de novo, muito pelo contrário, mas já foi o suficiente para furar o monopólio tucano na cobertura dos veículos de comunicação.
Paz e amor?
Em tempo: o sorriso irônico do senador Ronaldo Caiado continua sendo a maior barreira para quem pretende disputar um cargo executivo em 2018. E não adianta demonstrar indiferença, ainda mais após as altas taxas de rejeição registradas nas eleições de 89 (presidência) e 94 (governo do estado). Caiado, por incrível que pareça, precisará se espelhar na dupla Duda Mendonça/Lula (2002) para tentar suavizar imagem radical e, em alguns momentos, arrogante no enfrentamento com jornalistas e adversários.
Vale tudo
A obsessão ilimitada pela rotina dos ídolos do futebol, dentro e fora de campo, compromete em cheio a qualidade das reportagens produzidas sobre Cristiano Ronaldo e Neymar, apenas para ficar restrito a dois exemplos de relevância mundial. Uma simples mulher, mortal e relativamente bonita, geralmente é alçada ao posto de celebridade simplesmente por cruzar com os jogadores num elevador, na academia ou no banheiro.
Em família
“Reservamos os quartos nos hotéis, mas nunca sabemos exatamente onde vamos dormir”, revelou um dos seguranças de Neymar a um site de fofocas. “Em duas oportunidades fui obrigado a ficar no quarto mais luxuoso exatamente para despistar garotas que batiam na porta a todo momento”. Como se vê, a maria-chuteira de hoje anda mais ousada e abastada. E boa parte conta com o apoio “logístico” dos pais.
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