OAB pegando fogo
Enquanto a classe política e assessores do governo estadual negam envolvimento direto na sucessão da OAB/GO, a temperatura nos bastidores já passa dos 40º, a exemplo do clima em Goiânia. Responsável direto pela politização da disputa entre os advogados nos últimos anos, o secretário de Governo Henrique Tibúrcio, em dobradinha com o vice governador José Eliton, faz das tripas coração para alavancar a campanha de Flávio Buonaduce.
Outros tempos
Até o momento a estratégia não tem prosperado. O sentimento oposicionista na OAB/GO se materializa em números: 28% para Lúcio Flávio, 18% para Enil Henrique e 10% para Flávio Buonaduce. Pesquisa feita pelo Instituto Fortiori com 384 entrevistados em 30 municípios – entre os dias 5 e 10 de setembro – apontou ainda 40% de advogados indecisos. Ironicamente, a OAB/GO parece estar se dividindo entre tempo velho e tempo novo.
Jogo sujo de sempre
Até mesmo o empresário Júnior Friboi virou protagonista na disputa nada amigável da OAB/GO, revelando a famosa estratégia de tentar desgastar o adversário. Se em eleições passadas a chapa OAB Forte conseguiu manter sua hegemonia aproveitando-se da divisão dos candidatos oposicionistas, desta vez a feitiço caminha para virar contra o feiticeiro.
Namoro ou amizade?
O deputado federal Jovair Arantes voltou a mandar recado direto ao governador Marconi Perillo, por intermédio da “Coluna Giro”, de que a distância entre ambos já dura praticamente um ano. Enquanto isso, o parlamentar do PTB e seu filho Henrique Arantes se aproximam do ex-prefeito Iris Rezende. Três boas conversas sinalizam a possibilidade de aliança em 2016. No governo poucos acreditam que o casamento irá se concretizar em função da quantidade de cargos indicados pelo deputado.
Quebradeira anunciada
Os responsáveis pelo sistema de transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia subestimaram o poder de mobilização dos usuários e o resultado foi explosivo: seis ônibus queimados, nove depredados e um prejuízo superior a R$ 6 milhões. Tudo poderia ser evitado se houvesse diálogo concreto diante da mudança em oito linhas na região oeste da capital.
Usuário no limite
A baixa qualidade do serviço oferecido aos usuários já seria suficiente para acirrar os ânimos. Quando a medida é enfiada goela abaixo da população, aí o estrago acaba sendo inevitável. Há décadas o transporte coletivo em Goiânia e municípios vizinhos se transformou em pedra no sapato dos governantes. Mesmo assim não é levado a sério como deveria. A revolta e a indignação são as únicas armas que restaram a quem padece diariamente nos pontos, terminais e ônibus lotados.
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