Cabaré para o que der e vier
Não se fala outra coisa nas rodas e salões da capital goiana desde que se tornou público o valor a ser pago pelo Governo de Goiás para o show “Cabaré” dos cantores Leonardo e Eduardo Costa: R$ 850 mil. Isso mesmo, quase R$ 1 milhão para o réveillon na Praça Cívica.
Em tempo de crise, de salários parcelados, de contingenciamento de gastos e de transferência do pagamento da data-base dos servidores para 2018, surgiram algumas justificativas aleatórias para que o poder público pague por um espetáculo mais do que o dobro do valor de mercado. Vamos a elas:
1- Considerado o grande embaixador de Goiás, o cantor Leonardo tem a prerrogativa de cachê dobrado;
2- No preço está embutida a badalada reestruturação da Praça Cívica, que será concluída apenas em abril;
3- Por se tratar de Goiânia, capital conhecida nacionalmente pelas mulheres bonitas, haverá substancial reforço na quantidade de bailarinas;
4- Os dois cabarés mais renomados da capital, Real Privê e Maria Machadão, serão contratados para dar apoio logístico ao evento;
5- Como Marconi Perillo agora se considera um político de expressão nacional, pré-candidato à Presidência, os shows passam a ter outra dimensão, do preço à divulgação.
Em tempo: oficialmente o Governo de Goiás ainda não se pronunciou sobre o valor do “Cabaré” de Leonardo e Eduardo Costa.
Do ataque à defesa
A fase não é nada boa para ex-jogadores carismáticos e falastrões. Jardel, ex-Grêmio/RS, Goiás e seleção brasileira, foi afastado por 180 dias do mandato de deputado estadual no Rio Grande do Sul por suspeita de montagem de uma estrutura criminosa em seu gabinete.
Mário Jardel (PSD) se junta ao elenco composto por Túlio Maravilha, ex-vereador em Goiânia que também enfrentou denúncia semelhante; Edílson Capetinha, acusado de participação em máfia de loterias; e até mesmo o senador Romário, enrolado em explicações sobre suposta conta corrente no exterior.
O que falta a Neymar
A escolha de Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo como finalistas do prêmio de melhor jogador da atual temporada pela Fifa não poderia ser mais apropriada. O argentino e o português dispensam comentários em função da regularidade do futebol apresentado nos últimos anos. Já o brasileiro evoluiu muito no Barcelona, jogando coletivamente, algo que ainda lhe falta na seleção. Neymar no time de Dunga continua sendo o dono da bola, das camisas e do campo. Um craque em busca de humildade e equilíbrio.
O que sobrou em Wendell
Enquanto isso Wendell Lira, ex-Goiás, Goianésia e hoje no Vila Nova, é o exemplo nato do que representa um pouco de ousadia na carreira do jogador de futebol. Disputa com Messi e Florenzi (Roma) o Prêmio Puskas de gol mais bonito da temporada exatamente por ter personificado a criatividade do atleta brasileiro. O improviso, em comparação com jogadores de outras nacionalidades, sempre fez a diferença em momentos decisivos.
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