Como seria bom para a sociedade se os detentores de mandato ficassem mais preocupados em prevenir do que remediar os problemas. A distância entre a teoria e a prática, entre o improviso e o planejamento, ainda é quilométrica. Em todos os aspectos, uma questão de prioridade.
São Miguel do Araguaia – Marconi Perillo e Joaquim Mesquita ignoraram solenemente as recomendações da promotora Cristina França Malta, feitas em 2012, para que a estrutura de segurança pública no município recebesse um reforço considerável. O Ministério Público fez sua parte, porém o governo cruzou os braços. Resultado: quadrilha explodiu dois bancos, levou reféns, deixou dezenas de feridos e matou, numa coincidência infeliz, Vivianny Costa, 27 anos, advogada e assessora do MP.
Rodovias estaduais – Em dezenas de ações, respaldadas pelo Poder Judiciário, os promotores enfatizam que operação tapa-buraco em algumas estradas de Goiás é o mesmo que jogar dinheiro fora. Se não houver uma ampla reconstrução das rodovias, afirmam, todo o trabalho será perdido em poucos meses. A Agetop, mesmo assim, preferiu dar de ombros para as recomendações e manteve a rotina de recuperação precária, o tapa-buraco, uma espécie de alento às empresas de engenharia.
Serra Dourada – O estádio quarentão, orgulho abandonado dos goianos, é alvo de mais uma ação judicial questionando suas frágeis condições para receber torcedores com segurança. Um filme repetido, diga-se de passagem. Assim como aconteceu por uma década com o Autódromo de Goiânia, o Serra Dourada vem sendo empurrado com a barriga pela Agetop, que mal consegue concluir o Centro de Excelência da avenida Paranaíba. O grande palco do futebol goiano merece mais respeito e consideração.
Aedes aegypti – Governo estadual e prefeituras não conseguem estabelecer uma rotina eficiente no combate ao mosquito. As ações são desencontradas e restritas às solenidades, ao anúncio da criação de força-tarefa como antídoto para conter a epidemia. Mesmo bombardeada por informações, a população também não faz a sua parte como deveria. O que se vê é uma mudança radical de postura somente quando as doenças transmitidas pelo mosquito provocam internação ou óbito.
Alagamentos em Goiânia – Não há nada mais amador do que a Prefeitura de Goiânia sinalizar pontos de alagamento no trânsito e depois simplesmente esquecer o assunto. As placas foram instaladas, mas na maioria dos casos algumas obras de infraestrutura poderiam resolver, ou pelo menos minimizar o problema. Quem não se lembra da rotina de alagamentos e carros transbordando na avenida T-9, próximo ao Clube Oásis? Ficou no passado após troca de manilhas e ampliação na capacidade de escoamento da água. Intervenções semelhantes poderiam estar ocorrendo em outras vias da cidade.
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