Cunha conta até 10 no xilindró
A prisão preventiva do ex-deputado Eduardo Cunha, determinada hoje pelo juiz Sérgio Moro, representa o tiro de misericórdia na tese absurda da necessidade de atenuante para o parlamentar que deflagrou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A petista cometeu seus erros e pagou por eles. Agora chegou a vez de Cunha acertar suas contas com a Justiça, contrariando parcela da sociedade que enxergava somente na perda do mandato uma punição severa. Cunha abusou dos atos ilícitos e da prepotência, razão pela qual sua prisão foi comemorada como gol da seleção nos tempos vitoriosos de Romário e Ronaldo.
Mesmo não sendo possível prever o tempo de permanência do ex-deputado no xilindró, é perfeitamente plausível imaginar os 10 dilemas que atormentam sua cabeça. Vamos a eles:
1- quantos políticos citarei numa eventual delação premiada?;
2- quanto tempo a Cláudia Cruz levará pra torrar a nossa grana antes de ser presa?;
3- qual a melhor forma de chantagear o Governo Temer?;
4- como poderei influenciar, mesmo na cadeia, a eleição da nova mesa diretora da Câmara?;
5- ainda estarei em Curitiba quando o Lula chegar?;
6- aceito ou não o pedido de entrevista exclusiva para o Fantástico no próximo domingo?;
7- as agressões e xingamentos nos aeroportos não eram de todo ruim;
8- será que vou envelhecer tão rápido como o José Dirceu?;
9- como conseguir uma tevê pra assistir os jogos do Flamengo?;
10- vou provar minha inocência, sou vítima de armação e voltarei de cabeça erguida para Brasília.
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Se a moda pega
Em Maceió (AL), a equipe responsável pelos programas eleitorais de Cícero Almeida (PMDB) deixou a campanha por não aceitar a estratégia de baixaria do candidato do senador Renan Calheiros no segundo turno. Apesar de algumas divergências financeiras, o rompimento de contrato é fato raro no vale-tudo da disputa eleitoral. Geralmente a iniciativa de troca da equipe de marketing é prerrogativa do candidato.
O campeão do tapetão
Estava bom demais pra ser verdade. Série A do Campeonato Brasileiro equilibrada na disputa pelo título até o Fluminense mostrar sua reconhecida competência jurídica. Tantas vezes beneficiado pela arbitragem, o tricolor carioca agora não aceita a derrota para o Flamengo. Tenta anular a partida de todas as formas, mesmo que seja necessário melar o campeonato. E o pior: abriu a porteira para outros questionamentos, como o do Figueirense contra o Palmeiras. É por essas e outras que o Fluminense lidera a pontuação de clube mais antipático do futebol brasileiro. Já foi auxiliado juridicamente no passado e decidiu não abandonar o uso do cachimbo.
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