A temporada de 2016 foi uma das piores da história recente do Goiás Esporte Clube. Apesar do 26º título goiano, que nem convence mais o torcedor, a eliminação precoce na Copa do Brasil na primeira fase para o River do Piauí e participação pífia na Segunda Divisão foram muito abaixo do tamanho do clube.
Tamanho esse que ficou evidente na folha salarial da equipe, menor apenas do que de Vasco e Bahia. Ou seja, mesmo com o orçamento maior, a diretoria esmeraldina não conseguiu montar uma equipe que disputasse o título e ainda ficou atrás de outros 10 times que tiveram bem menos dinheiro para investir.
E a culpa é exclusiva de Sérgio Rassi? Não! O presidente responde individualmente pelo rendimento abaixo da média porque não teve controle e puslo firme sobre todos os setores de um clube em que parecem reinar a vaidade e a briga de egos.
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Porém, sem uma reforma estrutural dentro da Serrinha, podem passar mil Rassis e o problema será o mesmo. Ainda que ressuscitassem Raimundo Queiroz, este sairia queimado pelas desavenças internas. Não que as suspeitas de irregularidades financeiras durante a administração de Raimundão devam ser ignoradas, mas uma diretoria mais organizada, coesa e focada também seria capaz de conter esse tipo de problema.
Quantos anos levará o Goiás para fazer essa reestruturação? Difícil estimar. Mas por um período de baixa o clube já passa: quatro anos de Segunda Divisão desde 2010. E a maior tristeza é ver que o time nem é mais sinônimo de dificuldades para os grandes e campanhas vistosas na elite do Brasil…
Marco Faleiro é repórter do Folha Z
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