Iris e Mendanha já têm por onde começar
Prefeito eleito de Goiânia, Iris Rezende recebe muitas críticas por simplificar a solução dos problemas da cidade, mesmo os mais complexos. No linguajar do peemedebista, mobilidade urbana é viabilizar ligação entre os bairros por intermédio de pontes, duplicação de vias e construção de elevados ou viadutos. Essa realidade, segundo ele, garante fluidez no trânsito e cria alternativas às rotas existentes, praticamente todas já estranguladas. A concepção do “jeito Iris de governar” é ágil e pragmática, apesar do vocabulário, desde que não queime etapas pelo caminho.
Prioridades
Pouco ou nenhum avanço irá ocorrer em Goiânia se a administração municipal continuar ignorando o início ou a conclusão de obras fundamentais para a fluidez do transporte coletivo e de uma frota superior a 1 milhão de veículos. Entre elas, a consolidação e revitalização das marginais Botafogo e Cascavel, o término do Anel Viário de Aparecida até a Perimetral Norte, desvio da BR-153 (do Country Club ao posto da PRF) e o prolongamento das avenidas Noroeste e Leste-Oeste. Intervenções e projetos que se arrastam há anos, alguns casos por décadas.
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Ambiente favorável
O momento é propício. Os maiores interessados no destravamento dessas obras são justamente os prefeitos eleitos Iris Rezende e Gustavo Mendanha, ambos do mesmo partido e atolados até o pescoço em compromissos com a população de Goiânia e Aparecida. No Governo federal está o presidente Michel Temer (PMDB), um aliado de peso abastecido por informações privilegiadas do assessor especial Sandro Mabel (PMDB). Mesmo com a crise nos cofres públicos e privados, não há ambiente político mais favorável para destravar recursos voltados à Região Metropolitana de Goiânia.
Pingo no oceano
Por mais que a tentação e a visibilidade de novas obras seduzam os governantes a partir de janeiro de 2017, a tão propalada mobilidade urbana somente irá se consolidar com a execução dos projetos em curso. Anel Viário, desvio da BR-153 e marginais, principalmente, representam o ponto de apoio para o motorista que circunda ou cruza os municípios. Outras intervenções terão o mesmo resultado de um pingo no oceano. Como Goiânia e Aparecida merecem mais, os moradores das duas cidades ainda sonham com um trânsito menos travado e problemático.
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