Já foi o tempo em que o brasileiro se deixava influenciar por tendências positivas e dados fabricados nos porões do governo federal. O noticiário econômico dos últimos dias escancarou com termos rebuscados a penúria que aflige a sociedade em geral. Empobrecimento, recessão, desemprego, encolhimento, enfim, tudo sinaliza para mais turbulências nos próximos dois anos, no mínimo. Algo que a simples retórica do qualificado ministro Henrique Meirelles (Fazenda) jamais será capaz de conter.
O cenário é de crise de confiança, comprometendo investimentos internos e externos. E como sempre acontece nestas situações, o governo elege “tábuas de salvação” para vender uma perspectiva de guinada no aperto econômico. As reformas previdenciária e trabalhista são extremamente necessárias para o país, porém não serão capazes de contornar os gargalos provocados pela corrupção e a má destinação dos recursos públicos. Os mecanismos de fiscalização e transparência ainda não foram capazes de inibir a gula e o oportunismo dos gestores.
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Traduzindo em miúdos: o cidadão comum pouco compreende a respeito da queda de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas constata diariamente o crescimento do número de placas de “aluga-se” e “vende-se” nas principais avenidas de Goiânia. A palavra desemprego nunca foi tão pronunciada em todas as regiões da cidade. A percepção pessimista vem dando de goleada nos fabricados indicadores de retomada do crescimento econômico. Isso é fato e não vai mudar apenas pelo desejo dos técnicos do Ministério da Fazenda.
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