A quadrilha junina do “eu não sabia” caminha para ser a sensação dos festejos em Brasília. É formada por políticos de expressão – deputados, senadores, ex-presidentes e presidentes – todos imbuídos do propósito de “ser feliz”, apagando da memória qualquer fato relacionado a doações financeiras e seus interlocutores. O mais calejado na dança atende pela alcunha de Lula. Dois novatos acabam de se juntar a ele nas apresentações: Michel Temer e Aécio Neves.
O paulista e o mineiro, logo de cara, mostraram que não estão pra brincadeira: sapatearam na cara da opinião pública ao fazer pouco caso de diálogos e provas contra eles. O lema da quadrilha é dançar conforme a música, ignorando delações e gravações. A poucos dias da apresentação, na esplanada dos ministérios, a dúvida fica por conta de qual deles vai estrear primeiro a cadeia na mesma festa junina. O que não falta é delegado no encalço dos dançarinos, ingênuos por opção.
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Boi na cachoeira
Os empresários Joesley Batista (JBS) e Carlinhos Cachoeira carregavam nos olhos a mesma satisfação: citar o preço, com detalhes, que custou cada político cooptado. Tratava-se de um prazer imensurável: “beltrano é famoso, tem voto e credibilidade, mas está no meu bolso”. O comentário, diga-se de passagem, geralmente era feito em rodas abastecidas por garrafas de vinho caríssimas e cardápio refinado.
Homenagem ao “Rey”
O jornalista Reynaldo Rocha, 73 anos, morreu no final da manhã desta segunda-feira. Marcou época em “O Popular” como editor-geral e recebeu colegas com generosidade no programa de entrevistas da TBC. Deixou uma legião de fãs pelo respeito e cordialidade com que tratava a todos. Amigo e companheiro de peladas de futebol, Reynaldo Rocha ganhou o apelido de “Rey” pela elegância como jogava. Vai deixar muitas, muitas saudades.
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