Em evento de lançamento da candidatura a deputado estadual de Henrique César (PSC), Daniel Messac discursou afirmando que não será candidato à reeleição.
Veja no vídeo abaixo.
Além disso, ele ainda declarou publicamente apoio a Henrique em 2018.
“Coloco o seu nome no meu peito porque ele já está no meu coração”, disse Messac.
Embalado pelo coro dos apoiadores, o deputado afirmou que trabalhará para que Henrique César seja o candidato mais bem votado da história de Goiás.
E ele ainda relatou que sua filha, que tirou um título de eleitor recentemente, também votará em Henrique.
“Quando eu disse que não seria mais candidato, mas que iria votar em Henrique César, o que você disse?”, falou ele à filha, que respondeu: “nesse eu voto”.
Consequências
No entanto, assessores de Messac reforçaram à reportagem que a aliança com Henrique não indica uma aproximação do grupo do governadoriável Ronaldo Caiado.
Segundo eles, o apoio a Henrique deve-se à conexão deste à igreja da qual o deputado faz parte.
Além disso, o gabinete do deputado garante que, caso a desistência seja oficializada, Messac ficará focado nas campanhas de José Eliton e Marconi Perillo, especialmente junto ao eleitorado evangélico.
Até a tarde desta quinta-feira, 30, o deputado não protocolou a renúncia junto ao partido ou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Ao Folha Z, o diretório regional do PTB afirmou que não havia sido informado sobre a decisão do seu filiado.
Reeleição e a base de Eliton
Ainda assim, o recuo de Daniel Messac preocupa o QG da campanha do governador José Eliton.
O temor é de que parte dos votos de Messac transfiram-se a Caiado, por meio de Henrique César.
Essa apreensão também baseia-se em declarações do deputado como a que foi registrada no vídeo acima.
No evento, ele afirmou que deve favores ao presidente da Assembleia de Deus Campo de Campinas, o pastor Oídes do Carmo.
Oídes é irmão de Luiz Carlos do Carmo, suplente de Ronaldo Caiado no Senado. Ou seja, no caso da eleição de Caiado, Luiz Carlos se tornará senador.
“Para político, favor só se paga com voto”, disse Messac.
E, para piorar a situação para os peessedebistas, outros deputados cogitam não disputar a reeleição. O motivo: o mesmo enfrentado por Daniel.
Segundo fontes ouvidas pelo Folha Z, o que pesou na decisão foi a questão financeira para gerir a campanha.
Em 2014, Daniel obteve 27.142 votos disputando mandato pelo PSDB e não foi eleito. Ficou como suplente.
Mas no meio político é considerado um forte cabo eleitoral. E a expectativa era de que ele alcançasse mais 20 mil votos no pleito desse ano.
O parlamentar, hoje no PTB, foi efetivado no cargo quando o deputado estadual Zé Antônio (PTB), de quem era suplente, tornou-se prefeito de Itumbiara (GO).
Henrique César
Por meio do Instagram, Henrique César já publicou a novidade da aliança.
“Alguns momentos em nossa vida jamais nos esqueceremos, uns destes estão registrados aqui. O momento em que o Deputado Daniel Messac retira sua candidatura e nos declara apoio público nesta trajetória”, escreveu.
Assim, parte de suas bases tendem a migrar para três nomes: para Henrique César (PSC) e os deputados Diego Sorgatto (PSDB) e Henrique Arantes (PTB).
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