EDITORIAL
Antes de entregar o governo, o ex-governador Marconi Perillo garantia que Goiás era uma dos únicos Estados brasileiros que podiam afirmar ter saúde financeira.
Zé Eliton assumiu e, até antes das eleições, tentou esconder a dura realidade da crise financeira goiana.
Pontos que mostravam a grave crise fiscal no Estado foram denunciados, inclusive pelo Folha Z.
Segundo denúncia do jornal, viaturas da Polícia Militar foram orientadas a diminuir a rodagem e permanecer em locais estratégicos.
Isso porque havia falta de combustíveis. Uma viatura chegou a ter uma pane seca no Jardim Europa.
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Hospitais importantes do Estado, como o Hugo, em Goiânia, e o Hutrin, em Trindade, tiveram suas atividades prejudicadas por falta de repasses do Governo do Estado para as OSs.
As instituições de Ensino Superior também ficaram sem os repasses das bolsas da OVG.
Além disso, o governo não apresenta condições de pagar o salário dos funcionários em dia.
Crise fiscal
Com essa grave crise fiscal, Goiás tornou-se o quarto Estado do país em situação mais crítica em termos de receita e despesa.
Isto é o que analisa um dos maiores especialistas brasileiros em contas públicas Raul Velloso.
Segundo ele, o governo de Zé Eliton não tem recursos para cumprir com os compromissos assumidos.
Para Velloso, é uma conjuntura gravíssima pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
E, caso o governo não cumpra a legislação, os responsáveis podem ser punidos com a perda da elegibilidade ou até mesmo prisão de um a quatro anos.
Falta dinheiro
Segundo o analista, obras em andamento e vários programas da atual gestão estão com suas continuidades ameaçadas.
A falta de dinheiro nos cofres públicos impede a transferência de verba.
Confira no gráfico a seguir o elevado comprometimento das receitas correntes de Goiás:
Com o término das eleições, e o fim do segredo de que até os servidores não estão recebendo em dia, há a preocupação da equipe de transição do governador eleito Ronaldo Caiado de que uma dívida bilionária ficará como herança.
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