A inesperada e chocante morte da cantora Marília Mendonça em um acidente aéreo no dia 05/11/21 trouxe à tona nas redes sociais várias outras fatalidades trágicas que marcaram a história brasileira e, em alguns casos, especialmente a de Goiás.
Confira a lista.
1. Emival Camargo (1970)
Você se lembra da dupla Camargo & Camarguinho?
Pois então, Zezé Di Camargo não começou a carreira ao lado de Luciano, mas de outro irmão.
Mas, infelizmente, Emival e Zezé tinham apenas 11 e 12 quando sofreram um acidente voltando de um show no Maranhão.
O mais novo acabou não resistindo e morreu, mas Zezé saiu apenas com um ferimento próximo ao olho.
Recentemente, em um programa de entrevista, o cantor relembrou como foi perder o irmão 42 anos atrás.
“Eu lembro toda hora da minha vida, foi uma passagem muito forte, muito traumática”, disse Zezé.
Segundo o sertanejo, a perda fez com que ele se afastasse por 1 ano da música e quase desistisse da carreira.
2. 5 delegados e 2 peritos da PCGO (2012)
No dia 8 de maio de 2012, uma comitiva inteira de membros da Polícia Civil de Goiás morreu na queda do helicóptero para a reconstituição de um crime em Doverlândia (GO).
A aeronave, que caiu a 35 quilômetros de Piranhas, também vitimou o principal suspeito da terrível chacina.
No acidente, morreram:
- Antônio Gonçalves Pereira dos Santos – delegado superintendente da Polícia Judiciária de Goiás;
- Bruno Rosa Carneiro – delegado;
- Osvalmir Carrasco Melati Júnior – delegado;
- Jorge Moreira da Silva – delegado;
- Vinícius Batista da Silva – delegado;
- Marcel de Paula Oliveira – perito criminal;
- Fabiano de Paula Silva – perito criminal;
- Aparecido de Souza Alves – principal suspeito do crime.
O inquérito sobre a queda do helicóptero só foi concluído em abril de 2018, 6 anos após os fatos.
Três homens foram indiciados, mas suas identidades não foram reveladas.
A comitiva da PC viajava para reconstituir a chacina de 7 pessoas que aconteceu no dia 28 de abril em Doverlândia, a 325 km de Goiânia.
Em uma fazenda na zona rural da cidade, as vítimas foram encontradas degoladas.
Morreram o dono da fazenda, o filho dele, um caseiro da propriedade e dois casais que estavam no local de visita.
3. Fernandão (2014)
Ídolo do Goiás e do Internacional, o atacante Fernandão também morreu em um trágico acidente de helicóptero.
Ele tinha apenas 36 anos quando acabou vítima do acidente no caminho de Aruanã a Goiânia.
Outras 4 pessoas que estavam na aeronave também morreram.
O ex-atleta chegou a ser levado a um hospital da região, mas já estava sem vida ao chegar lá.
Relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre sobre a queda apontou que piloto não havia feito o consumo de bebidas alcoólicas.
Porém, ele errou ao fazer um voo noturno, já que não era habilitado para essas circunstâncias.
O Cenipa também aponta que o piloto estendeu sua jornada de trabalho além do que determinam as regras da aviação.
4. Cristiano Araújo (2015)
A morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo no dia 24 de junho de 2015 chocou todo o Brasil.
Aos 29 anos, ele voltava de Itumbiara a Goiânia quando o carro em que ele estava se capotou na BR-153.
A namorada do cantor, Allana Moraes, também morreu no acidente.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ambos estariam sem cinto de segurança no banco de trás do veículo, um Range Rover.
Um laudo do Instituto de Criminalística de Goiás apontou que o carro capotou devido à ruptura de soldas da roda traseira direita.
Rompidas, as lascas cortaram cortaram o pneu do carro, o que causou a perda do controle por parte do motorista.
De acordo com a perícia, a peça não era original e tinha aro 22, incompatível com o modelo.
Em 2018, o motorista do carro, Ronaldo Miranda Ribeiro, de 43 anos, foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão.
A pena foi convertida em prestação de serviços à sociedade, suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por dois anos e pagamento de indenização no valor de R$ 25 mil.
Na sentença, juíza Patrícia Machado Carrijo argumentou que ficou comprovada a autoria do crime, já que o motorista “tinha plena ciência sobre as condições precárias das rodas instaladas no veículo e do risco inerente da sua utilização no momento de sua condução”.
5. Zé Gomes (2016)
Ex-prefeito de Itumbiara e então candidato a mais um mandato, José Gomes da Rocha (PTB), de 58 anos, foi assassinado durante uma carreata na cidade.
O crime ocorreu no dia 28 de outubro de 2016.
Além de Zé Gomes, também morreu no local o policial militar Vanilson Ferreira.
Foram baleados e sobreviveram o ex-governador de Goiás José Eliton, o advogado Célio Rezende e o motorista Edvan Julio Guerino.
De acordo com inquérito da Polícia Civil, o crime foi planejado, mas não teve motivações políticas.
Para a PC, o autor do atentado, o servidor público Gilberto Ferreira, sentia-se perseguido.
Ele foi morto por seguranças logo após o ataque.
Na conclusão do inquérito, o delegado Douglas Pedrosa apontou que Gilberto tinha psicose etílica.
A combinação de remédios com a ingestão de bebidas alcoólicas teria provocado nele alucinações e sentimento de perseguição.
O crime foi motivado por raiva, pois o atirador achava que era perseguido político de Zé Gomes.
6. Ricardo Boechat (2019)
O jornalista Ricardo Boechat morreu na manhã do dia 11 de fevereiro de 2019, aos 66 anos.
O âncora do Jornal da Band estava em um helicóptero que caiu sobre um caminhão na na Rodovia Anhanguera, na cidade de São Paulo.
Também morreu no acidente o piloto da aeronave. Os 2 corpos foram encontrados carbonizados no local da queda.
O motorista do caminhão atingido pela aeronave, por sua vez, foi atendido pela concessionária da rodovia sem ferimentos graves.
À rádio BandNews, o motorista disse que viu a aeronave perdendo altura e que ele havia imaginado que ela estava pousando.
Laudo do Instituto Médico Legal apontou que o jornalista morreu em decorrência de politraumatismo torácico e abdominal.
Segundo a Polícia Civil, o acidente foi uma fatalidade, já que uma pane forçou o piloto a tentar um pouso de emergência.
7. Marília Mendonça (2021)
No dia 05/11/21, a cantora e compositora Marília Mendonça embarcou em um avião de uma empresa de táxi aéreo em Goiânia, com destino a Caratinga (MG), para um show.
Com ela, estavam o produtor Henrique Ribeiro e de o seu tio e também assessor Abicieli Silveira Dias Filho.
No enanto, o avião, um bimotor Beech Aircraft fabricado em 1984 caiu na zona rural de Minas após atingir o cabo de uma torre de distribuição de energia da a poucos quilômetros do aeroporto em que faria o pouso.
Após inicial confusão a respeito do estado de saúde dos ocupantes da aeronave, a morte de todos eles foi confirmada pelos bombeiros.
A tragédia causou grande impacto em rede nacional e internacional.
Um dia depois, cerca de 100 mil pessoas passaram pelo Ginásio Goiânia Arena para a despedida no velório da cantora.
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