De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Folha Z, exames iniciais realizados em uma guarda municipal que teria sido forçada a abortar em Aparecida de Goiânia não comprovaram a ocorrência de abortamento.
Mas novos testes ainda devem ser realizados a pedido da Polícia Civil.
Foi após denúncias que a PC abriu um inquérito no dia 1º de março.
Investigação
A investigação apura se a guarda municipal foi coagida a abortar uma criança fruto de um relacionamento com um funcionário comissionado da prefeitura.
O homem, com a ajuda de uma terceira pessoa, é suspeito de ministrar medicamentos abortivos à mulher para evitar que o envolvimento entre eles viesse à tona.
Porém, em depoimento na 2ª Delegacia Regional, ela negou os relatos e disse ter problemas psicológicos.
Segundo a delegada Cybelle Tristão, ela relatou que sofre de depressão e faz tratamento para dependência alcoólica.
Por causa desses problemas, a GCM teria faltado ao trabalho repetidamente, o que teria resultado em uma sansão administrativa à servidora.
“Então, ela disse que inventou essa história para prejudicar o suspeito, porque ficou com muita raiva dele”, afirmou a delegada.
O depoimento, porém, não convenceu a autoridade policial.
A delegada, então, encaminhou a mulher para exames na Maternidade Marlene Teixeira e no Instituo Médico Legal.
O resultado dos exames não apontou evidências de um aborto recente.
Agora, uma fonte ouvida pela reportagem relatou que a PC ainda pretende solicitar novos exames, conclusivos, para ajudar a solucionar o caso.
Sindguarda
Presidente do Sindicato das Guardas Civis do Estado de Goiás (Sindguarda), Ronaldo Ferreira Egídio disse à reportagem que foi procurado pela guarda quando as denúncias começaram a ser divulgadas em redes sociais.
Segundo Egídio, ela, que é filiada ao sindicato, ligou “desesperada e chorando” pedindo apoio da entidade.
A ela foi disponibilizada a assessoria jurídica de 2 advogados associados ao sindicato.
Porém, a mulher não voltou mais a procurar o Sindguarda e constituiu outra advogada para acompanhá-la durante depoimento na delegacia.
De acordo com o presidente do sindicato, toda a estrutura do órgão está disponível para auxiliar qualquer filiado em circunstâncias semelhantes.
Denúncia de aborto, depoimento ‘estranho’ e exames que
podem dar novos rumos às investigações
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