Não são só conquistas que marcam a história de uma cidade. O impacto da violência também pode ficar para sempre registrado. Por isso vamos falar dos crimes que chocaram Aparecida de Goiânia.
O município, que completa 100 anos em 2022, já entrou para o noticiário nacional algumas vezes.
Lidar com a perda e o luto desses eventos trágicos pode moldar o caráter de um povo tão resiliente quanto o aparecidense.
Na sequência, a Folha Z elencou cinco crimes que chocaram Aparecida.
Confira!
Chacina da Serra das Areias
No dia 19 de agosto de 2013, Neylor Henrique Gomes Carneiro, Denis Pereira dos Santos, Daniele Gomes da Silva e Raissa de Souza Ferreira, todos com menos de 18 anos, foram assassinados a tiros na Serra das Areias.
Das vítimas, 3 ainda tiveram seus corpos carbonizados.
De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado por ciúmes.
A denúncia apontou que o autor, Thaygo Henrique Alves Santana, então com 24 anos, suspeitava que sua namorada, Raíssa, estava se apaixonando por uma das vítimas, Neylor.
Dessa forma, a ideia inicial de Thaygo era assassinar apenas Neylor.
Ele foi até a casa da namorada e exigiu que ela apontasse o endereço do rapaz.
Com a ajuda de 3 comparsas, Thaygo sequestrou Raissa e uma amiga dela, Daniele.
Em seguida, foi até a casa de Neylor, onde o obrigou a entrar em um carro junto com um amigo, Denis.
O local planejado para o crime foi a principal reserva ambiental do município, a Serra das Areias, localizada na região sul de Aparecida.
Lá, Raissa, Daniele e Neylor foram mortos com tiros na cabeça e tiveram os corpos carbonizados. Também baleado e morto, o corpo de Denis foi poupado do fogo.
Quase 1 ano depois, Thaygo Henrique foi condenado pelo júri popular a 63 anos de prisão.
Desde abril de 2019, porém, Thaygo está foragido depois de uma fuga em massa da CPP de Aparecida.
Assassinato filmado
Em novembro de 2018, criminosos filmaram o homicídio de um jovem após a invasão de sua casa em Aparecida de Goiânia.
As imagens mostram a frieza dos assassinos no momento em que o jovem de 21 anos foi assassinado a tiros no quintal de casa, no Jardim Nova Olinda.
No local, vários familiares da vítima, incluindo crianças, estavam presentes e ficaram desesperados com os disparos.
Os criminosos estavam em dupla. Enquanto um deles filmou, o outro, responsável pelos tiros, pergunta “cadê o vídeo?” ao final da ação.
Desde então, o crime é investigado pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o homicídio tenha sido motivado por tráfico de drogas.
Assista ao vídeo aqui (mas atenção: as imagens são fortes).
Motorista de app estuprada e morta
Na noite do dia 20 de janeiro de 2019, a técnica em enfermagem e motorista de aplicativo Vanusa da Cunha Ferreira, de 36 anos, foi encontrada morta no Jardim Copacabana, em Aparecida.
Assassinada com golpes na cabeça, ela ainda foi violentada sexualmente.
Dias depois, o empresário Parsilon Lopes dos Santos disse foi preso e confessou o crime, alegando como motivo o fato de a vítima ter se negado a fazer sexo com ele depois de uma corrida.
Alvo de denúncia do Ministério Público, Parsilon responde por homicídio (qualificado pela utilização de meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio), estupro e ocultação de cadáver.
De acordo com o MP, Vanusa levou o empresário e três cantores sertanejos até um bar em Goianésia para um show.
Depois da apresentação, ela levou os músicos para casa e continuou o trajeto até uma chácara, que seria a casa de Parsilon e o destino final da corrida.
No local, o acusado começou a fazer avanços sobre a mulher.
Ela rejeitou a ideia e até chegou a dizer que essa não era sua orientação sexual.
Na sequência, ele obrigou a vítima a entrar no imóvel e a estuprou.
Por fim, o homem ainda matou a motorista batendo sua cabeça várias vezes no chão e ocultou o cadáver nos fundo do lote.
O caso ainda vai a julgamento no Tribunal do Júri.
Cabeça humana na Vila Brasília
Uma cabeça humana em estado de decomposição foi encontrada em janeiro de 2019 na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia.
De acordo com a PM, foi um transeunte que viu a cabeça e acionou a corporação.
Na ocasião, até a Polícia Técnico Cientifica foi deslocada para realizar perícia e determinar que se tratava, de fato, de uma cabeça humana.
O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida apura o caso.
Uma semana antes, outra cabeça foi achada na calçada de um shopping em Goiânia e tinha uma sigla marcada na testa.
Violência no Complexo Prisional
Uma rebelião de detentos do regime semiaberto no Complexo Prisional de Aparecida teve um resultado sangrento e chocante em janeiro de 2018.
O confronto entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) deixou 14 feridos e 9 mortos, todos carbonizados, sendo que dois também foram decapitados.
Na confusão, 106 presos fugiram no momento da rebelião e outros 127 deixaram o presídio para se protegerem, mas retornaram voluntariamente logo depois.
No local, agentes encontraram 3 armas de fogo: duas pistolas 9mm e um revólver 38.
Mais mortes
Além de rebeliões, o Complexo Prisional de Aparecida também já foi palco de outras mortes que chamaram a atenção de todo o Brasil.
No local morreram criminosos famosos como Leonardo Pareja (1996), Mohammed d’Ali (2016) e Carlos Eduardo Nunes (2016), assassino do cartunista Glauco.
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