O prazer do contra
Dia desses ouvi, perplexo, um relato profissional sobre o crescimento do número de pessoas portadoras de sífilis que insistem em doar sangue.
Na mesma proporção em que aumenta o exército de contrários às vacinas básicas e tratamentos médicos convencionais. Exemplos de intransigência que afetam diretamente a saúde pública.
Fica difícil imaginar qual desfecho para o ser humano neste contexto. O status da hora é agir ou debater sem argumento, o prazer do contra. E dane-se a consequência.
A união do simplismo com o radicalismo abriu uma cratera na convivência diária – pessoal e virtual. Convergência de ideias em terreno adverso virou tabu.
Inocência seria debitar o exagero das aberrações comportamentais apenas na crescente onda das desigualdades. A regressão de valores é ampla, geral e irrestrita.
Diante deste quadro estarrecedor, o que é válido na vida? Karina Okajima Fukumitsu, autora do livro “A vida não é do jeito que a gente quer” (Editora Mel Horas) resume com sabedoria:
“Não sei ao certo, mas desconfio que a validade da vida perpassa pelo questionamento de que o importante não é apenas viver em quantidade de anos, mas sim questionar-se constantemente sobre como estou vivendo e com quem eu quero viver”.
Faça essa reflexão (longe das redes sociais) e ajude a construir um mundo menos ferro e fogo. Existem flores em você.
Ele está de volta! Rodrigo Czepak retoma análises em coluna no Folha Z
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