O Brasil amanheceu nesta quinta-feira, 19, comentando um assunto em especial: o prêmio de R$ 120 milhões da Mega-Sena (concurso 2.189) ganho por servidores da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados.
O bolão vitorioso – dividido em 49 parcelas de R$ 10 e que rendeu R$ 2,4 milhões a cada um dos participantes – logo foi transformado num rosário de histórias paralelas que contribuem para aumentar as filas nas agências lotéricas.
No mesmo pacote do prêmio acumulado estão reunidos fortuna, política, sorte, conspiração, solidariedade e perseverança. Não há como ficar insensível a tantos ingredientes que movimentam as relações humanas.
Persistência
Até onde vai a persistência na aposta coletiva em concursos acumulados? Algumas funcionárias preferiram não participar – ou não dispunham do valor – mas mesmo assim receberão uma ajuda simbólica dos colegas.
A parcela do bolão já foi de R$ 50, caiu para R$ 10 e mesmo assim, segundo o responsável pela coleta, não era fácil “arrancar” o valor combinado. “O trabalho árduo rendeu frutos”, sorriu.
A média salarial na liderança do PT varia de R$ 2,5 mil a R$ 4 mil e, para alívio dos participantes, o bolão não abre espaço para parlamentares. “A divisão é mais democrática, impedindo a aquisição de várias cotas por um mesmo participante”, observou outro ganhador.
Esperança
A Caixa Econômica Federal (CEF) também comemora dobrado: a repercussão certamente vai aumentar o volume de apostas nos próximos concursos e a visibilidade dos ganhadores diminui boatos sobre lavagem de dinheiro nas premiações.
Os novos milionários que acertaram as dezenas 04-11-16-22-29 e 33 promoveram uma grande confraternização na Câmara dos Deputados assim que o resultado se tornou público.
Nem eu nem você passamos perto desses números. Por isso a festa não foi completa. Quem sabe no próximo concurso? A esperança é a última que morre. Pra alegria do imaginário popular.
O machismo em seu estado mais radical, estúpido e sanguinário
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