Áudios de uma conversa entre 2 supostos policiais militares indicam que o suspeito de matar o soldado Walisson Miranda no dia 22 de setembro já estaria preso.
O arquivo, recebido pela reportagem da Folha Z, dá a entender que o homem teria participado da reprodução simulada do crime, realizada pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) no dia 1º.
“Anel Viário aqui, fazendo a reconstituição do assassinato do Montanha [apelido do soldado assassinado]. Polícia Militar e CPE fazendo o acompanhamento. Tá o ‘camarada’ aqui também, o suposto assassino”, diz o áudio.
Ainda de acordo com a mensagem, durante a reconstituição, o homem estaria dentro da camionete que foi usada pelo autor no dia do crime.
“Vi ele dentro da camionete, fazendo a reconstituição certinha. Colocou a viatura da P2 lado a lado com a camionete do dia do crime”, afirma o áudio.
Por fim, o suposto PM ainda opina que, devido ao uso de munição calibre 9 mm, de uso restrito das forças de segurança, o suspeito seria um policial.
Ouça no áudio:
Investigação
Mais de 15 dias depois do crime, ainda não houve uma resposta da Polícia Civil.
De acordo com os investigadores, nenhuma prisão foi realizada ainda em conexão com o caso.
Uma das suspeitas levantadas por informações levadas ao GIH é de que os disparos que vitimaram Walisson e atingiram outro militar tenham sido efetuados por um policial civil.
De acordo como delegado Charles Lobo, responsável pela apuração, ainda estão sendo levantados dados para esclarecer a dinâmica de como o fato ocorreu.
“Não descartamos nenhuma linha de investigação”, disse ele, em entrevista à TV Anhanguera 2 dias depois do crime.
O caso
Walisson Miranda da Costa foi morto no dia 22 de setembro dentro de uma viatura descaracterizada com um tiro na cabeça.
De acordo com informações da Delegacia Estado de Investigação de Homicídios (DIH), uma caminhonete S-10 preta emparelhou do lado direito do veículo em que estavam os policiais.
No momento, eles reduziram a velocidade para passar por um quebra-molas na Avenida União.
Foi então que o atirador efetuou um disparo, que atingiu o sargento Fábio Marques de raspão, no ombro, e a cabeça do soldado Walisson.
Na sequência, um dos policiais também disparou, em revide, na direção da caminhonete, que saiu em disparada.
Os policiais, então, se deslocaram para a UPA Buriti Sereno, onde o sargento baleado de raspão foi atendido.
Já Walisson foi transferido para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde passou por cirurgia, mas não sobreviveu.
Policial pode ter envolvimento na morte do soldado Walisson
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