A simples notícia sobre reforma e ampliação de uma unidade de saúde já deveria ser motivo de comemoração.
Mas a distância entre planejamento e execução tem trazido mais dor de cabeça do que satisfação para os moradores de algumas regiões de Goiânia.
Os depoimentos dos usuários do Cais Cândida de Morais, localizado na região noroeste, estão impregnados de alegria e tristeza.
A tão esperada reforma do prédio teve início nesta segunda-feira, 14. Já passava da hora, afinal é a típica unidade de saúde indefensável no aspecto de atendimento de qualidade.
Tanto que a básica troca do piso e reparos urgentes nas redes elétrica e hidráulica já provocaram um grande alívio entre os servidores.
O Cais Cândida de Morais também será beneficiado com novas enfermarias (masculina e feminina), sala de isolamento e banheiros acessíveis.
Incógnita
Quando o benefício será entregue pela Prefeitura de Goiânia? Eis a grande incógnita.
Os moradores do Jardim América e bairros próximos conhecem bem essa realidade. Esperam, desde 2017, a ampliação do Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams).
O prazo de entrega da obra era de 180 dias. E a justificativa pelo atraso segue roteiro conhecido: convênios, contrapartidas, garantias e conflitos com empresas.
O tema é tão espinhoso que os diretores das unidades de saúde são orientados a fugir da definição do prazo como o “diabo foge da cruz”.
Compreende-se, desta forma, as seguidas manifestações de moradores cobrando celeridade na execução das obras.
Aconteceu no Jardim Novo Mundo e no Urias Magalhães, tem acontecido no Jardim América e vai ocorrer no Cândida de Morais caso a Secretaria de Infraestrutura, responsável pela reforma, deixe a desejar.
Básico
O mínimo que o cidadão goianiense necessita é do atendimento básico de saúde (SUS) assegurado nas proximidades da sua residência.
A secretária Fátima Mrué e o prefeito Iris Rezende não se cansam de afirmar que o objetivo é transformar Goiânia em referência nacional na área da saúde.
Inimaginável acreditar em salto de qualidade desta natureza enquanto todas as unidades médicas não estiveram niveladas por cima.
O descompasso ainda é gritante: umas de primeiro mundo (Maternidade Dona Iris, Novo Horizonte) e outras impregnadas de buracos, ferrugens e goteiras.
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