Manifestação de racismo mundo afora é o que não falta para comentar.
Mas o debate acaba sendo pautado por exemplos pontuais.
Estádio de futebol, dentro e fora de campo, se transformou em palco das piores aberrações.
Nada diferente do que ocorre no bar, na praça, no supermercado e até mesmo na igreja.
Basta um olhar contrariado, um comentário infeliz para explicitar o incômodo racista que a grande maioria insiste em negar.
A meu ver, o narrador esportivo Júlio Oliveira (Canal Sportv) escolheu o melhor caminho para abordar o tema nesta terça-feira, 12 [abaixo].
Com uma só frase – “o mar branco na redação” – ele argumentou que a emissora onde trabalha é um espelho da tímida presença de profissionais negros no jornalismo.
Um dos grandes momentos do #RedacaoSporTV neste ano. Obrigado, @oliveiradejulio! pic.twitter.com/aJqJcCBp7M
— sportv (@sportv) November 12, 2019
‘Mar branco’
Júlio nos deixa a melhor reflexão para debater um tema tão enraizado na sociedade: o que temos feito, longe de textão em rede social, para aceitar a pessoa parda ou negra como ela é?
O “mar branco” em diversas atividades, apesar de alguns avanços esporádicos, continua enxergando distância entre a capacidade da pele clara e da pele escura.
Júlio Oliveira não trabalha num lugar qualquer, trata-se do Grupo Globo de Comunicação.
Recentemente, a área de teledramaturgia se viu obrigada a inserir mais personagens negros por pressão dos índices de audiência e também das redes sociais.
O narrador não busca privilégios, mas sim oportunidades iguais e ambientes de trabalho onde prevaleça a mescla do branco e do preto.
Desigualdade: 10 milhões de brasileiros vivem com 51 reais por mês
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