Dos 94 pontos de alagamento existentes em Goiânia, segundo a Defesa Civil, 1 está a merecer atenção especial por parte da prefeitura.
O trecho que engloba as ruas 87, 132 e Avenida Cora Coralina, no Setor Sul, é o mais crítico da capital pela enorme quantidade de água que se acumula em poucos minutos.
“As vias se transformam em rio com velocidade acima do comum. Nós já esperamos o pior quando motoristas tentam passar pelo local”, afirma Quitéria Evangelista, funcionária de uma empresa que fica próxima ao cruzamento.
Nosso encontro ocorreu na manhã de sábado, 16, horas depois de um motociclista, de 40 anos, ter morrido após receber descarga elétrica no local.
Ele tentava fugir do alagamento pela calçada no momento em que teria encostado numa cerca energizada.
A resposta final será dada pela perícia técnica em 30 dias.
Equívocos
Independente do resultado, é inadmissível falar em tragédia nesses casos. Existe, sim, uma sucessão de equívocos das partes envolvidas.
Prefeitura de Goiânia e Defesa Civil, em face da gravidade do problema, já deveriam ter uma estratégia de ação definida para isolar os pontos de alagamentos mais críticos em dias de temporais.
Para se ter uma ideia, o trecho da Rua 87 consta no relatório oficial apenas como vulnerável a alagamento. O cenário ideal é que estivessem incluídas as possibilidades de inundação e enxurrada.
Caminhões da Secretaria de Infraestrutura retiraram grande quantidade de entulho do local, quadro agravado por obras que estão sendo executadas nas proximidades.
Imprudência
Enfrentar a força da água, seja em maior ou menor intensidade, é por si sói um atestado de imprudência flagrante para motoristas, ciclistas e pedestres.
Mas as autoridades responsáveis têm a obrigação de ir além em relação à ineficaz instalação de placas alertando sobre o risco de alagamento.
Eis o mapeamento da Defesa Civil em Goiânia:
- 28 pontos críticos na Região Sul;
- 10 na Região Norte;
- 8 na Região Leste;
- 9 na Região Oeste;
- 23 na Região Campinas/Centro;
- 7 na Região Noroeste;
- e 9 na Região Sudoeste.
Destes, pelo menos 10 trechos não saem do noticiário pela frequência com que produzem vítimas, algumas fatais, no período chuvoso.
Seria muito pedir mais atenção e investimento para que novas mortes sejam evitadas?
Direito natural de quem paga os impostos municipais regularmente.
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