O Governo de Goiás insiste em fechar os olhos para a mudança de paradigma que Aparecida de Goiânia experimenta.
Aquela cidade-dormitório do passado não existe mais. Ela se transformou numa potência emergente quando o assunto é investimento privado em novos negócios.
O município está viabilizando a infraestrutura necessária para instalação do Complexo Empresarial Metropolitano e construção de um novo aeroporto executivo para aeronaves de médio e pequeno porte.
Recentemente foi lançado o empreendimento Global Park, bairro empresarial às margens da BR-153. Investimento de R$ 100 milhões voltado para empresas de logística.
Apenas 3 exemplos entre dezenas de empreendimentos que prometem impulsionar a economia aparecidense com geração de renda e milhares de empregos.
“Credeq Safadão”
Enquanto isso, o que faz o Governo de Goiás para ajudar neste desenvolvimento? Resposta da comunidade aparecidense: nada, só atrapalha.
O Estado prefere ignorar entrave histórico e criar novos obstáculos numa região que é considerada “a galinha dos ovos de ouro” de Aparecida.
Além de manter o complexo penitenciário na região leste – quando a promessa era substituí-lo por um mais moderno em outro município – agora o foco voltou a se concentrar no Credeq (Centro de Excelência em Dependência Química).
Para quem não se lembra, escrevi aqui mesmo na Folha Z (28/03/2016) que os moradores chamavam a unidade de “Credeq Safadão” em função da demora para o término da obra.
As instalações luxuosas, no valor de R$ 25 milhões, e desvios de finalidade no atendimento também receberam pesadas críticas à época.
O capricho político do ex-governador Marconi Perillo foi levado adiante – Credeq era resultado de promessa de campanha em 2010 e 2014.
Agora a secretária Lúcia Vânia (Desenvolvimento Social) quer resolver o grave problema do atendimento subutilizado, ineficiente e caro.
Para isso, sem qualquer tipo de diálogo com empresários e autoridades de Aparecida, ela pretende transferir 50 menores infratores do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) do Conjunto Vera Cruz, em Goiânia, para o Credeq.
Paulatinamente, outros menores poderão ser encaminhados para o mesmo local no futuro. A proposta conta com o apoio do Ministério Público.
Retrocesso
“Trata-se de um retrocesso, recebemos a notícia com indignação”, reagiu Maione Padeiro, presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Aparecida de Goiânia.
Indignação é pouco. Já passa da hora de o prefeito Gustavo Mendanha liderar um movimento e exigir mais respeito aos cidadãos aparecidenses.
Soluções precisam ser encontradas em comum acordo entre as esferas estadual e municipal.
A região leste tem potencial logístico, já conta com um campus da UFG e não aceita mais servir como mero “depósito de pessoas”.
Ou Aparecida se agiganta, neste momento, ou continuará agachada diante de decisões que afetam o seu progresso e sua qualidade de vida.
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