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Bom jornalismo dá trabalho!
Senti firmeza hoje ao conferir a reação do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, sobre proposta do Governo de Goiás que interfere diretamente no município.
Ele afirmou ser contra a transformação do prédio do Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) em unidade do sistema socioeducativo para menores infratores.
Visivelmente incomodado, Mendanha disse ao jornal “O Popular” que “sequer foi consultado e que Aparecida já paga os seus pecados por ter o sistema prisional”.
Resposta dura e necessária de um gestor público que comanda o município que mais se desenvolve em Goiás.
Para não ficar apenas no discurso, o prefeito prometeu reunir a classe empresarial ainda esta semana.
O objetivo é blindar a região leste de Aparecida, local onde está localizado o Credeq e todas as unidades que integram o complexo penitenciário do Estado.
“Naquela área estão concentradas as maiores riquezas da cidade, que são as indústrias. Se houver alguma mudança, que seja para uma escola profissionalizante”, argumentou.
Falta de respeito
Gustavo Mendanha não pode baixar a guarda porque o rolo compressor do Estado está apontado para a região leste de Aparecida.
Além da iniciativa defendida pela Secretaria de Desenvolvimento Social em relação ao Credeq, a Goinfra (antiga Agetop) anunciou a meta de reformar e ampliar as unidades prisionais.
Uma delas, o Núcleo do Sistema Semiaberto, já foi motivo de conversa entre o prefeito e o governador Ronaldo Caiado. “Nesse caso específico existe um projeto já elaborado para sua retirada do local.”
Trocando em miúdos: a batalha de Gustavo Mendanha é árdua. As palavras do prefeito foram muito bem colocadas até agora, mas o resultado passa por uma ampla mobilização de políticos e empresários.
Aparecida de Goiânia já carrega um enorme fardo prisional em prol do Estado. Mais do que isso é falta de respeito para com o seu povo.
Indignação já não resolve. Aparecida precisa reagir
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