O atleta que já jogou no esmeraldino diz ao jornalista Guilherme Coelho que foi playboy, bebia muito com os amigos e várias vezes foi treinar com ressaca porque saída da balada e ia direto pro treinamento. Depois passou a frequentar igrejas evangélicas. “Deus mudou minha vida e não penso mais em nada de errado”, declara. Léo Lima afirma ainda que pretende jogar futebol por muito tempo
No futebol árabe desde 2010, o carioca Léo Lima, de 31 anos, nascido em Bangu (Zona Oeste do Rio de Janeiro) já está adaptado aos costumes e ao calor dos Emirados Árabes Unidos. Atualmente é considerado uma das estrelas do Al-Nasr, cuja sede se localiza na cidade de Dubai.
O craque é evangélico, tem dois filhos – Ana Sophia e Pedro – gosta de ouvir pagode e música gospel. Nas horas vagas vai à praia passear com a família. Mas o que ele mais curte é ficar em casa jogando sinuca com os amigos e assistindo futebol.
Início da carreira
Léo Lima iniciou a carreira nas divisões de base do Madureira, onde começou a se destacar. “Em 1999, fui levado para treinar nas categorias de base do Vasco da Gama. No mesmo ano, fui campeão mundial pela seleção brasileira sub-17. Em seguida, fui para o profissional do Vasco”, relatou Léo Lima ao jornalista Guilherme Coelho.
O meia atacante faz questão de relatar a força que os técnicos Vanderlei Luxemburgo e Hélio dos Anjos deram a ele. “Eles acreditaram em mim. Apoiaram-me. Se cheguei onde estou foi graças a eles”, garantiu.
O atleta afirmou que gostava de baladas. “Eu era playboy, bebia muito com os amigos. Fui várias vezes treinar com ressaca. Saia da balada e ia direto pro centro de treinamento. No Grêmio, depois do treino, sempre ia para os bares tomar cerveja . Eu só pensava em bebida, mulheres e esquecia de jogar futebol”, declarou o atleta.
Mudança
Léo Lima garante que Deus salvou sua carreira. “Passei a frequentar igrejas evangélicas. Deus mudou minha vida e não penso mais em nada de errado. Penso apenas em jogar futebol e me dedicar à minha família. Hoje, não consigo viver sem ir à igreja e sem adorar o nome de Deus”, assegurou.
Questionado se no passado teve desentendimento com algum técnico ou jogador, o meia disse que sim, mas preferiu não falar e nem mencionar os nomes. Apenas afiançou que é amigo de todos com quem brigou. O atleta disse que tem um carinho grande pelo Vasco da Gama e pela torcida vascaína, mas declarou que não pretende mais jogar no Gigante da Colina.
Flamengo
Sobre a passagem tumultuada pelo Flamengo, de onde foi dispensado, ele esclareceu que foi muito criticado pela diretoria e principalmente pela torcida. “Acho que foi um dos meus maiores erros ter ido jogar no Flamengo”, afirmou o meia.
Indagado sobre qual é diferença do futebol no Brasil para o futebol dos Emirados Árabes, Léo Lima respondeu: “A diferença é grande. O futebol no Brasil é mais disputado e os estádios chegam a 40 a 50 mil pessoas em alguns jogos. Aqui, nos Emirados Árabes, se chegar a 5 mil torcedores no estádio num jogo é considerado lotado, mais aqui é bem mais tranquilo pra jogar e pra treinar porque não tem a pressão dos torcedores como ocorre no meu País”.
Goiás
Léo Lima disse que quando terminar seu contrato com o Al-Nasr pretende voltar para o Brasil. Se vai jogar no Goiás novamente ele não sabe, mas tem vontade. “O Goiás foi o clube que mais me identifiquei. A torcida sempre me apoiou. Eu e minha família gostamos de Goiânia. Levo o Goiás no coração”, assegurou.
Léo Lima relatou que o Goiás não é um time top, como o Vasco, Flamengo, São Paulo e outros. De acordo com ele, o Goiás tem uma estrutura maravilhosa, que ganha de vários outros clubes. “É um time que tem uma torcida apaixonante. A mesma sempre me apoia até hoje com mensagens pelas redes sociais. É um time que merece conquistar o Brasileiro Série A e a Libertadores”, declarou.
Não sou rico
Para o meia, na atualidade, Muricy Ramalho é o melhor técnico do Brasil. Melhor jogador: “Neymar, sem dúvida”. Antes de encerrar a entrevista, Guilherme Coelho fez questão de fazer uma última pergunta: Após alguns anos no exterior (Bulgária, Portugal, e agora Emirados Árabes), já pode se aposentar, está rico?
Ele respondeu: “Ainda é cedo pra pensar em me aposentar. Pretendo jogar por muitos anos. Não sou rico, apenas tenho tudo que sonhei. Agradeço muito a Deus, ele mudou minha vida”.
Discussão sobre isso post