Por Marcos Cipriano
A pandemia do coronavírus no Brasil ainda está longe de ser controlada, mas já é possível algumas lições, além da tragédia humana sem precedentes em nossa história.
No caso do Brasil, a pandemia escancarou ainda mais nossas tradicionais mazelas sociais: concentração de renda, saúde e educação fragilizadas, habitações precárias, insegurança alimentar.
O vírus desnudou os vários brasis dentro de um mesmo Brasil. Revelou a verdadeira extensão do subemprego, as relações de trabalho precarizadas e a face cruel do capitalismo selvagem, cuja a ganância pelo lucro interessa bem mais que a vida.
Muita coisa precisa mudar no pós-pandemia. Não dá mais para adiar a construção de moradias dignas, não dá mais para conviver com um transporte coletivo que trata as pessoas como se fossem gado, sem protocolos de segurança para evitar a propagação de viroses, com o mínimo de distanciamento social necessário.
A pandemia revelou também os canalhas deste país. E olha que não são poucos – autoridades da alta administração pública, negacionistas, empresários de visão tacanha, gatunos de toda espécie, médicos vendilhões, corruptos de toda ordem.
O mundo que vamos construir no pós-pandemia vai depender muito de uma arma poderosa, que não provoca mortes e feridos, mas que é a única verdadeiramente capaz de mudar o mundo: a educação.
Ela, sim, fará grande diferença e será capaz de nos criar as condições para um mundo mais humano, mais fraterno, solidário e ambientalmente sustentável.
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