A investigação da Polícia Civil ainda não está convicta da participação do padrasto de Danilo Silva na morte do menino.
Cinco dias após ser encontrado o corpo da vítima, a Força Tarefa da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) prendeu Reginaldo Lima Santos em flagrante.
Além dele também foi detido o servente de pedreiro Hian Alves de Oliveira.
Os dois foram apontados pela PC como suspeitos de ocultação de cadáver em conexão com homicídio qualificado.
Já a motivação apontada pela investigação, à época da prisão, foi “vingança em razão de suposto mal comportamento da criança”.
Ligação
Porém, uma semana depois da apresentação dos investigados, a Força Tarefa ainda não conseguiu apontar precisamente a ligação de Reginaldo com o crime.
Ao ser levado à delegacia, ele negou ter participado do homicídio e ainda afirmou ser vítima de uma “armação”.
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Foi a confissão de Hian de Oliveira que apontou o padrasto como mandante do crime.
Na 4ª feira (5), uma nota da Polícia Civil revelou que os agentes ainda trabalhavam com 3 linhas de investigação para o caso.
O texto ainda destacou que, “até a conclusão do inquérito policial, não há como formar nenhum juízo de certeza quanto à participação ou não dos envolvidos”.
Reprodução simulada
Na tarde dessa 5ª feira (6), foi realizada a reprodução simulada dos fatos no local onde o corpo de Danilo foi encontrado, a Avenida Seringueira, no Parque Santa Rita.
Os trabalhos foram conduzidos por 40 policiais civis – 30 da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), 10 da Coordenadoria de Operações Especiais (CORE/GT3, grupo tático da Polícia Civil) -, além de 10 policiais da Força Nacional e cinco peritos do Instituto de Criminalística (IC).
A reconstituição, que estava prevista para levar até 6h, durou apenas cerca de 2h e contou com a participação da mãe da criança, além do padrasto.
Hian, porém, exerceu o direito de não produzir provas contra si mesmo e, a pedido da sua defesa, permaneceu dentro de uma viatura.
Duas testemunhas, cujas identidades são mantidas em sigilo, ajudaram os policiais a reconstruírem a dinâmica dos acontecimentos.
Conclusão do inquérito
De acordo com a PC, “a diligência transcorreu dentro da normalidade”, apesar da “opção circunstancial do suspeito Hian Alves de permanecer em silêncio”.
A partir de agora, o órgão afirmou que não se manifestará nos próximos dias, nos quais as conclusões dos peritos serão confrontadas com as provas.
A previsão é de que o inquérito seja concluído na próxima 2ª feira (10), quando devem ser apresentados os detalhes do caso.
Confira a íntegra da nota:
“A Polícia Civil de Goiás informa que a reprodução simulada dos fatos, inerente ao Caso Danilo, foi realizada com sucesso na tarde de hoje (quinta-feira, 06). A diligência transcorreu dentro da normalidade, em que pese a opção circunstancial do suspeito Hian Alves de permanecer em silêncio.
A PCGO não se manifestará, nos próximos dias, para que todas as conclusões dos doutos peritos possam ser confrontadas com as provas e elementos informativos produzidos. Nesta esteira, todos os detalhes do caso serão apresentados quando da conclusão do inquérito policial, o que deverá ocorrer na segunda-feira (10).
A Delegacia Estadual de Investigações Homicídios (DIH) agradece o apoio diuturno recebido pelos peritos, médico legistas e auxiliares que tanto se dedicaram para o sucesso desta importante diligência.”
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