Estudantes de Medicina e médicos de Goiás se mobilizaram na manhã deste sábado, 25, para protestar contra o fim do exame nacional de revalidação de diplomas médicos para profissionais estrangeiros.
Protesto Revalida Sim
As manifestações, que integram o protesto nacional chamado “Revalida Sim”, foram organizadas pelos centros acadêmicos dos cursos de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC).
Os manifestantes saíram, por volta das 9 horas, da porta do Ciams Pedro Ludovico e percorreram várias ruas e avenidas do Setor Serrinha. O trânsito, nas mediações da Avenida 85, ficou lento em função do protesto.
Interior do país
A decisão do governo federal é uma estratégia que tem como objetivo incentivar a vinda de médicos estrangeiros para atuarem no interior do país, regiões que registram uma grande defasagem de profissionais de saúde.
Em entrevista ao portal G1, um dos diretores do Conselho Regional de Medicina no Paraná (CRM-PR), Jeziel Gilson Nikosky, declarou que o número de médicos no país é o dobro da média considerada ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “No Brasil são dois médicos para cada grupo de mil habitantes, quando o recomendável é um para cada mil. Por ano, se formam 17 mil novos médicos em 200 escolas de Medicina espalhadas por todo o território nacional. Mas estes profissionais estão concentrados nas capitais.”
Salário R$20 mil
De acordo com o portal, em alguns municípios pequenos da região de Ponta Grossa, acrescentou Nikosky , o salário para um médico da rede pública chega a R$ 20 mil. “O incentivo financeiro é muito interessante, porém as condições de trabalho são precárias. O médico não tem como pedir exames complementares, por exemplo. O problema não se resolve trazendo mais médicos e, pior, sem garantia de qualificação”.
Ele observou afirmou ainda que 92% dos médicos formados na Argentina e Bolívia que fazem os teste de revalidação são reprovados.
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