Filiado ao MDB desde 2019, o deputado estadual Henrique Arantes contou em entrevista à Folha Z nesta 6ª feira (11) detalhes sobre as articulações para a candidatura de Maguito Vilela à Prefeitura de Goiânia.
Leia:
Folha Z: O MDB já buscou outros partidos para composições?
Henrique Arantes: Já tivemos conversas com a direção do PTB, com a direção do PV e com alguns deputados estaduais que estão abertos para um diálogo com Maguito.
Folha Z: Quais deputados?
Henrique Arantes: Conversei ontem [10/09] com o deputado Rafael Gouveia, que é de um partido grande [PP] e de uma igreja forte. É jovem e tem um perfil bom. Conversamos sobre a possibilidade de abrir esse canal.
Falei também com alguns parlamentares que acho melhor não revelar agora, porque eles são pré-candidatos em outros municípios. Eles têm vontade de compor com Maguito, mas ainda dependem dos resultados de outras articulações em Goiânia.
Folha Z: Tem alguma composição mais encaminhada?
Henrique Arantes: Maguito está procurando todos os partidos. Estamos a alguns dias das convenções. E nós precisamos de um candidato ou candidata a vice. O presidente regional do partido, Daniel Vilela, também está atuando nessas conversas. E eu também estou ajudando nesse processo.
Queremos uma chapa boa. E uma aliança com um bom número de partidos resulta em um bom tempo de televisão.
Folha Z: E o vice?
Henrique Arantes: Sabemos que precisamos de um bom vice. Alguém que possa somar apoio em um segmento da sociedade, em uma faixa etária e até mesmo em algum viés ideológico. Isso ainda está sendo debatido.
Folha Z: Ainda existe possibilidade da aliança com o DEM?
Henrique Arantes: Tudo é possível. O DEM ainda não lançou candidato, não realizou convenção ainda. Mas não acho muito provável que isso aconteça, porque o DEM tem intenção de lançar candidato e o [deputado federal] Zacharias Calil já se posicionou como pré-candidato.
Folha Z: E com o senador Vanderlan Cardoso, existe possibilidade, ou acredita que ele vai disputar?
Henrique Arantes: Na verdade, quem decide é o presidente do PSD, Vilmar Rocha. O Vanderlan tem vontade e já se posicionou como pré-candidato, passando por cima de uma decisão que o partido já tinha tomado sobre o [deputado federal] Francisco Jr ser o candidato do PSD.
A resolução desse problema vai passar pelo Vilmar Rocha. E, pelo que conheço dele, sei que costuma ser muito democrático e ouvir as lideranças para buscar resolver essa questão internamente.
Mas eu acho que, para o PSD, é importante estar em um aliança com o MDB, que é um partido forte, que tem muitos deputados federais e estaduais.
Folha Z: E a aliança PSD-DEM?
Henrique Arantes: Eu achei interessante o fato de o Vilmar não querer firmar um compromisso para 2022 [apoiar a reeleição do governador Ronaldo Caiado em troca do apoio a um candidato do PSD para a Prefeitura de Goiânia em 2020].
Também considero completamente inviável fazer uma articulação política para a prefeitura e querer condicionar coisas futuras tão amplas.
E eu também acho que o DEM nem poderia cobrar isso, porque não estava posicionado, nem tinha candidato e nem tinha um grupo forte em Goiânia. Queria exigir coisas demais para um futuro próximo. Isso esfriou o PSD com o DEM e pode abrir o campo de conversação com o MDB.
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