Uma moradora do Jardim Helvécia, em Aparecida de Goiânia, procurou a reportagem para reclamar do atendimento no Hospital de Urgências da cidade (Huapa).
Segundo a denunciante, o companheiro dela, Luiz Henrique Costa Germano, deu entrada na unidade por volta de 20h desta 4ª feira (21), após sofrer um acidente de moto horas antes.
Luiz Henrique caiu da moto ao se desequilibrar quando um cachorro atravessou em sua frente, na Avenida Curussá, no Jardim Helvécia.
A esposa contou que o paciente realizou 1 raio-x , uma ultrassom e, na madrugada do mesmo dia, o médico pediu uma tomografia.
No dia seguinte, ela afirmou que outra tomografia foi realizada às 17h, entretanto até as 13h desta 6ª os resultados ainda não haviam saído.
Por conta disso, a denunciante disse que o marido está sem beber água e comer há mais de 24h, enquanto aguarda o laudo médico.
Juliana teme que ele tenha algum órgão perfurado devido à fratura de uma das costelas.
O Huapa
A Folha Z entrou em contato com o Huapa sobre a relato. Segundo o hospital, porém, não procedem as denúncias feitas.
A unidade disse que o paciente foi prontamente atendido tanto pela equipe médica, quanto pela equipe multiprofissional da unidade.
Foram solicitados exames de sangue e de imagem, para investigação do seu quadro clínico.
Sobre a alimentação, o hospital esclareceu que para a realização de alguns exames, é indicado o jejum.
Moradora relata mais insatisfações na unidade
Além de reclamar do hospital, a mulher também criticou o atendimento por parte de alguns funcionários da unidade.
De acordo com ela, mais de uma assistente social prometeu ligar para atualizar o caso do paciente, mas não deu o retorno.
Preocupada com o estado de saúde do marido, a esposa disse que tentou contato com a unidade, mas foi “muito mal atendida”.
Outra reclamação da denunciante foi quando ela foi levar produtos de higiene pessoal e um carregador de celular ao companheiro.
Conforme ela, ao chegar, foi impedida de entrar em um primeiro momento, contudo com certa dificuldade foi autorizado o acesso, sendo acompanhada o tempo todo por duas enfermeiras.
Sobre essa reclamação, o Huapa relatou à reportagem que está vedada a presença de acompanhantes em virtude da pandemia de covid-19.
Higiene
A mulher contou também que não foi feita a limpeza dos machucados e a camisa do paciente grudou no ferimento do braço.
Ela disse que questionou a enfermeira sobre o banho, sendo orientada que o procedimento é feito às 6h, mas que o paciente precisa solicitar.
Assim, a esposa disse que somente nesta 6ª o marido conseguiu se higienizar e urinar em um pequeno saco plástico disponibilizado pela unidade.
À FZ, o Huapa explicou que a equipe orienta a trocar de roupa, sendo oferecidas roupas privativas do hospital, logo que o paciente é admitido no Pronto Atendimento.
Quanto à limpeza dos ferimentos e curativos, a unidade disse que em momento algum foi negado qualquer tipo de assistência ao paciente, uma vez que toda a equipe multiprofissional segue uma rotina pré-estabelecida pela unidade.
O Huapa também esclareceu que sobre o banho, independente do grau de complexidade, a equipe de enfermagem orienta e auxilia no banho, quando necessário, portanto, não existe horário para tomar banho.
Já em relação às necessidades fisiológicas, a unidade disse que foi entregue ao paciente um coletor de urina com o intuito de facilitar, já que ele apresentava mobilidade reduzida, devido às lesões do trauma.
Atual estado de saúde
Em nota, o Huapa disse que o paciente está internado numa enfermaria, acompanhado pela equipe médica, que constatou que não será necessário intervenção cirúrgica.
“O paciente também foi orientado sobre sua situação e seguirá apenas com tratamento clínico específico para o caso dele. Até o momento da alta médica, ele segue aos cuidados da equipe multiprofissional da unidade.”, explicou a direção da unidade.
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