As administrações de Iris Rezende em Goiânia o transformaram em uma espécie de porto seguro, o gestor capacitado para promover grandes revoluções. Foi assim na década de 1960 e, mais recentemente, de 2005 a 2010. O mito do “Super Iris” é a maior sombra que o prefeito e seus auxiliares enfrentam em 100 dias do quarto mandato. Não adiantam justificativas pontuais: a população da capital está cobrando resultados na mesma proporção do produto que lhe foi vendido na eleição do ano passado. Simples.
Os benefícios proporcionados com os mutirões nos bairros não terão a mesma repercussão se persistirem os graves problemas nas áreas da saúde, educação e transporte coletivo. Há 12 anos, Iris entrou de corpo e alma nas três áreas e alcançou resultados consideráveis. Essa não é a perspectiva atual, motivada por novas demandas e pela inexperiência dos gestores das respectivas pastas. Alguns erros são primários, fruto da falta de conhecimento do universo da gestão pública.
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Iris Rezende ainda faz ajustes na roupa do tocador de obras, tirada recentemente do armário depois de sete anos e duas derrotas nas eleições estaduais (2010 e 2014). Ainda não é possível dimensionar qual será a sua velocidade administrativa, mas o tempo deixou de ser o seu principal aliado em função da idade (83 anos) e da complexidade dos buracos na gestão. Iris é Iris, dizem os seus fãs e seguidores, confiantes no histórico de realizações. Com as pesquisas negativas, aumento da cobrança e término do período chuvoso, façam suas apostas no grande confronto entre o mito e a realidade. Em tempo: sem qualquer possibilidade de revanche.
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