A reação do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), ao valor reservado para as emendas impositivas de 2026 revela mais do que insatisfação técnica: é um recado político direto ao Paço Municipal e à condução orçamentária da gestão Sandro Mabel.
Atenção: Ao copiar material produzido pela Folha Z, favor citar os créditos ao site. Bom jornalismo dá trabalho!
Nesta 3ª feira (4), começou a tramitar na Casa a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê R$ 177,5 milhões para as emendas dos 37 vereadores, o que representa R$ 4,79 milhões por parlamentar.
Apesar de o montante ser superior ao de 2025, quando o total era de R$ 176,1 milhões, a chegada de 2 novos vereadores reduziu o valor individual, que antes era de R$ 5 milhões.
Policarpo foi direto ao ponto: o valor “deveria ser maior”.
O alerta de Policarpo
A fala, embora aparentemente técnica, carrega tom de cobrança e alerta institucional sobre o equilíbrio de forças entre Legislativo e Executivo.
“É algo que será discutido com os vereadores. Correções precisam ser feitas e já comuniquei o líder do prefeito”, afirmou o presidente.
O recado foi dado: Policarpo quer discutir, mas também quer reafirmar o protagonismo da Câmara na definição dos recursos.
Ao citar o líder do prefeito, ele deixou claro que a negociação será política, não apenas contábil.
O cálculo do poder
Na prática, o aumento de parlamentares e a redução individual das emendas pressionam o duodécimo da Câmara, o valor mensal repassado pela Prefeitura de Goiânia para custear o Legislativo.
Policarpo indicou que o montante previsto “aperta o orçamento da Casa”, o que abre espaço para disputa velada: quem define o tamanho da autonomia da Câmara?
Ao dizer que “correções precisam ser feitas”, Romário sinaliza disposição para reabrir o debate orçamentário.
O movimento reforça o estilo firme do presidente, que tem se posicionado como guardião da independência do Legislativo e, nos bastidores, prepara terreno para negociações mais amplas com o Paço.
A reação do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), ao valor reservado para as emendas impositivas de 2026 revela mais do que insatisfação técnica: é um recado político direto ao Paço Municipal e à condução orçamentária da gestão Sandro Mabel. pic.twitter.com/mwYAfl1Mol
— Jornal Folha Z (@FolhaZ) November 5, 2025
LDO e LOA em conjunto
Pela 1ª vez, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a LOA tramitarão simultaneamente na Câmara.
Policarpo minimizou o ineditismo, dizendo que “não há problema na tramitação conjunta”.
Mas, politicamente, o gesto tem peso: o Legislativo passa a ter duas frentes de pressão simultânea sobre o Executivo, e o presidente sabe como usar isso a seu favor.
Porta-voz da autonomia do Parlamento
Com o orçamento de 2026 em jogo, Romário Policarpo assume, mais uma vez, o papel de porta-voz da autonomia do Parlamento.
E, se depender dele, a Câmara não será apenas coadjuvante nas contas de Goiânia, será protagonista.

Quer receber notícias dos bastidores da política de Goiânia?
Você está convidado a fazer parte de um grupo altamente bem informado sobre os rumos da cidade!
**Mande uma mensagem para o **Whatsapp da Folha Z e se cadastre para ter as matérias especiais da Folha Z direto do seu celular.
É só adicionar o telefone do jornal à sua agenda e mandar o seu nome e a seguinte mensagem: “quero notícias da política de Goiânia”




Discussão sobre isso post