A aliança entre o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, e o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, foi colocada à prova nesta 2ª feira (17), após crise iniciada na última 5ª feira (13).
A turbulência começou quando o prefeito exonerou Carlos Silva Lemos, diretor de Vigilância em Zoonoses.
A decisão desagradou o grupo político de Bruno Peixoto.
No mesmo dia, durante a abertura do Natal do Bem, o vereador por Goiânia Tião Peixoto, pai de Bruno, fez duras críticas ao prefeito diante do governador Ronaldo Caiado e do vice-governador Daniel Vilela.

A versão do prefeito
Segundo o núcleo duro de Sandro Mabel, o prefeito não sabia que Carlos Silva era indicado do grupo Peixoto.
De acordo com esses aliados, o nome constava no sistema como indicação do secretário de Saúde, Luiz Pellizzer.
Por isso, Mabel teria atendido ao pedido do novo aliado da base, o vereador Pedro Azulim, e efetivado a exoneração para acomodar o espaço político do recém-chegado ao grupo.
O argumento, porém, não convenceu o grupo Peixoto, que considerou a justificativa insuficiente e interpretou a demissão como quebra de confiança.

A situação ganhou novos contornos no domingo (16), quando Azulim, torcedor do Atlético Goianiense, esteve no jogo do Goiás e permaneceu no camarote ao lado do prefeito, gesto interpretado como sinal público de alinhamento político.
A escalada
O grupo de Bruno esperava que Mabel revertesse a decisão até esta 2ª feira (17).
Sem sinalização de recuo, Bruno Peixoto determinou a exoneração de indicações de Mabel na Assembleia Legislativa.
Foram solicitadas as demissões dos seguintes servidores:
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Luiz Carlos Cascão
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Artur de Oliveira Teixeira
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José Walber Borges Pinheiro
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Lorena Marques Raposo Gonzaga
Além disso, Bruno ordenou que todos os indicados pelo grupo Peixoto na Prefeitura de Goiânia entregassem seus cargos, incluindo o secretário de Regularização Fundiária e Habitação, Juliano Santana.
Informado da reação, a Folha Z apurou que Mabel tentou falar com Bruno, que inicialmente não atendeu às ligações.

A força-tarefa da conciliação
Com o clima político em ebulição, 2 nomes assumiram a intermediação das negociações:
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o líder do prefeito na Câmara, vereador Wellington Bessa, e
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o secretário Juliano Santana, ligado ao grupo de Bruno.
Segundo aliados de Peixoto, o grupo endureceu o tom e avisou o prefeito que, se Carlos Silva não retornasse ao cargo, todos os integrantes ligados a Bruno deixariam a Prefeitura, inclusive Juliano.
O acordo
As conversas avançaram e resultaram no entendimento de que:
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Carlos Silva Lemos será reconduzido à Diretoria de Vigilância em Zoonoses;
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o indicado de Pedro Azulim aguardará um período para ser acomodado em outro cargo na administração municipal.
Agora, o prefeito tenta garantir espaço para o grupo de Azulim, enquanto Bruno Peixoto aguarda o retorno oficial de seu aliado ao posto.
Mensagem política
A crise deixou um recado claro de Bruno Peixoto: qualquer exoneração de aliado de seu grupo, feita sem comunicação e consenso, poderá levar à saída de toda sua base da Prefeitura de Goiânia.
O ambiente político acalmou, mas a tensão segue latente até que todos os pontos do acordo sejam formalmente cumpridos.
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