Com a nomeação do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), para a vice-presidência da CelgPar, a folha de pagamento da empresa passou a contar com 3 nomes cotados para compor a chapa de Daniel Vilela (MDB) ao governo de Goiás em 2026.
Atenção: Ao copiar material produzido pela Folha Z, favor citar os créditos ao site. Bom jornalismo dá trabalho!
Além de Mendanha, também figuram como “vice-governadoriáveis” o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, e o presidente da Goinfra, Pedro Sales, ambos integrantes do conselho fiscal da estatal.
Conselheiros fiscais na CelgPar
Na CelgPar, Adriano e Pedro recebem remuneração bruta de R$ 5.552,57 pelo cargo de conselheiro fiscal.
Já Gustavo Mendanha aparece com salário bruto de R$ 55.825,70 como vice-presidente da empresa, cargo que assumiu em 16 de abril de 2025.
Ele não possui outros vínculos públicos atualmente.
Adriano da Rocha Lima, por sua vez, é secretário-geral de Governo, com remuneração de R$ 38.050,64, e também ocupa cadeiras em outros conselhos:
- Saneago – R$ 9.617,50
- GoiásPar – R$ 5.246,00
Pedro Sales, atual presidente da Goinfra com salário de R$ 25.418,59, esteve no Conselho Fiscal da Saneago entre 2019 e 2023, com remuneração bruta de até R$ 8.496,78.
Cargos estratégicos
As indicações para conselhos fiscais em estatais fazem parte de uma estratégia comum no governo.
A Folha Z já vinha apurando informações sobre a ocupação de cargos em conselhos fiscais de estatais, com foco nas folhas de pagamento da CelgPar e da Saneago.
Jornal O Popular
O levantamento estava em fase final de checagem quando o jornal O Popular se antecipou e publicou, com EXCLUSIVIDADE, neste sábado, 24.
A reportagem revelou que o governo estadual mantém maioria expressiva nesses conselhos, com aliados ocupando 60% das cadeiras em 11 estatais.
Além da CelgPar e Saneago, O Popular também avaliou a ocupação de cargos em conselhos fiscais de outras estatais, como GoiásPar, Codego, Iquego, Ceasa, Goiás Telecom e Metrobus.
Das 111 posições com remuneração extra, que variam entre R$ 2 mil e R$ 20 mil por mês, 69 foram preenchidas por nomeações do Executivo em 11 estatais.
Legalidade garantida
A presença de secretários em conselhos fiscais é permitida por lei.
O artigo 23 da Lei das Estatais veda apenas a nomeação para o Conselho de Administração da empresa controladora, não para os conselhos fiscais.
O Governo de Goiás afirma que todas as indicações seguem os critérios legais e buscam garantir alinhamento institucional entre as estatais e a gestão pública.
Discussão sobre isso post