O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) procurou a Folha Z nesta 3ª feira (1º) para esclarecer as filiações partidárias que aparecem em seu histórico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que, segundo ele, não tem orgulho de expor: PROS (hoje incorporado pelo Solidariedade) e PSOL.
Atenção: Ao copiar material produzido pela Folha Z, favor citar os créditos ao site. Bom jornalismo dá trabalho!
Ambas as filiações ocorreram em setembro de 2015, com apenas 8 dias de diferença entre si, e antecederam sua ida ao PPS (hoje Cidadania), partido pelo qual se elegeu vereador em Divinópolis (MG) em 2016.
A identificação das legendas foi feita pela Folha Z e confirmada pelo próprio senador.

Cleitinho explicou que, à época, ainda não havia ingressado na vida pública e não tinha clareza sobre as diferenças entre direita e esquerda nem sobre o cenário político nacional ou mineiro.
Segundo o senador, ele já publicava vídeos na internet quando foi sondado para disputar a eleição.
“Não entendia muito. Veio um rapaz e me chamou para filiar ao PROS. Eu peguei e assinei o documento na boca do caixa onde eu trabalhava”, contou.
A escolha pelo PROS, legenda que já foi extinta, ocorreu por ser considerada mais acessível para uma candidatura à vereança.
Porém, o mesmo homem que o filiou ao PROS também cuidava das filiações do PSOL.
“Ele me disse que eu estava filiado [ao PSOL]. Aí eu pedi para me desfiliar”, relatou Cleitinho.
Após perceber que aquela candidatura não era viável, Cleitinho mudou de partido e acabou escolhendo o PPS, ainda sem motivação ideológica, mas por ser, segundo ele, a opção mais prática para disputar as eleições.
Trajetória, críticas e eleições
De vereador (2016-2018) a deputado estadual (2018-2022) e, desde 2023, senador, Cleitinho se destacou nacionalmente com vídeos e posicionamentos que viralizaram nas redes.
Um de seus mais recentes posicionamentos foi pedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete o projeto que aumenta em 18 o número de cadeiras na Câmara dos Deputados.
Para ele, a defasagem de 32 anos na redistribuição de vagas deveria ser corrigida com redução, não ampliação.
“Eu acho que deveria era diminuir. O povo brasileiro defende a redução”, argumentou.
Defesa de Bolsonaro e consenso na direita
Hoje nome de peso no bolsonarismo, Cleitinho defende a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Planalto em 2026.
Só se Bolsonaro não puder concorrer é que ele considera outros nomes na direita: Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Jr., que, segundo o senador, são “equilibrados e bons nomes”.
Para ele, o mais sensato seria escolher o candidato com melhor desempenho nas pesquisas.
“Não seria bom dividir. Se o Caiado estiver na frente, ele deveria ser o candidato. É usar a humildade”, exemplificou.
O mesmo raciocínio vale para o Governo de Minas Gerais em 2026.
Cleitinho diz que só entraria na disputa se estiver bem posicionado nas pesquisas.
“Quem estiver melhor é que deve ser o candidato”, avaliou.

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