Um grupo criado no WhatsApp com nome “Sandro Mabel – Isa Promoções” reúne mais de 400 membros para contratação de influenciadores que possam promover a candidatura de Mabel em Goiânia.
Postagens feitas por uma pessoa identificada como Marcella dão orientações de como os vídeos de divulgação devem ser feitos: 30 segundos em formato de Stories, com um pagamento de R$15 por publicação.
O grupo também inclui sugestão de diferentes conteúdos para postagem, como vídeos comendo bolacha Mabel e comentários sobre o candidato, sempre com indicação de uso do jingle de campanha.
Recomendações de postagens pró-Mabel
Entre os conteúdos há, inclusive, um vídeo gravado como exemplo e sugestão para que os influenciadores possam seguir o modelo.
As orientações também esclarece que o pagamento será feito ao fim da campanha, com a soma do valor de todas as postagens, para pessoas que tiverem pelo menos 2 mil seguidores no perfil.
Embora a quantidade total de postagens ainda não tenha sido divulgada, a campanha aparenta ser de grande escala.
Ao passar orientações, a coordenadora do grupo diz que precisa de 100 pessoas e pede curtidas de quem estiver disponível.
Nos números que participam da discussão, DDDs variados, com números fora de Goiás.
Em outra mensagem, a moderação do grupo informa que vai dividir o número de pessoas para que tenha melhor controle de todos os interessants, em vários grupos.
“Galera, preciso fazer diferente. Vamos ter que ter vários grupos pra termos um controle melhor. Eu vou mandar o vídeo de exemplo que é o que precisa ser postado hoje. Vou mandar o link de um grupo que vai entrar somente as 100 pessoas que vão postar hoje. Deu pra entender?”, escreveu.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da campanha de Sandro Mabel, mas, após 24h, não obteve posicionamento sobre o caso.
Legislação eleitoral
A prática de contratação de influencers pode ter implicações legais de acordo com a legislação eleitoral brasileira.
A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) exige transparência e publicidade nas despesas de campanha, com todas as contratações e pagamentos registrados e divulgados à Justiça Eleitoral.
Além disso, há limites de gastos estabelecidos para campanhas, e todos os custos devem estar dentro desses limites.
A propaganda eleitoral deve seguir regras específicas para garantir a sua legalidade, incluindo a identificação clara do conteúdo patrocinado e a declaração correta dos gastos.
Recentemente, em São Paulo, a Justiça Eleitoral fechou o cerco contra a candidatura de Pablo Marçal, por repasses a terceiros que trabalham para a promoção da campanha nas redes sociaos.
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