3 anos após a caçada que parou o país, novas revelações colocam dúvidas sobre os disparos que mataram Lázaro Barbosa, o homem que aterrorizou o interior de Goiás em 2021.
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Um laudo microbalístico anexado recentemente ao processo revela que o corpo do criminoso foi atingido por tiros de armas que não pertenciam à Polícia Militar.
O documento, produzido pelo Instituto de Criminalística e incorporado aos autos após solicitação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), indica que Lázaro recebeu disparos de pelo menos três armas diferentes, e nenhuma delas está listada entre as armas usadas pelos policiais que participaram da operação.

Calibre .40 S&W
Um dos projéteis de calibre .40 S&W foi encontrado no lado esquerdo do peito, e, segundo o laudo, não é compatível com as armas da PM.
Outros 4 fragmentos, de arma 9mm, também não coincidem com o arsenal entregue pelos agentes.
3 desses fragmentos atingiram o lado esquerdo do tórax e outro as costas, do lado direito.

Laudos e questionamentos
As novas informações surgiram após o promotor Spiridon Nicofotis Anyfantis, da 83ª Promotoria de Justiça de Goiânia, solicitar diligências complementares à Polícia Civil.
Em resposta, o Instituto de Criminalística apresentou dois laudos: um de eficiência das armas supostamente encontradas com Lázaro e outro com a análise comparativa dos projéteis retirados do corpo e das armas apresentadas pelos policiais.
O Jornal O Popular divulgou trechos do documento, que reforçam inconsistências entre as armas apreendidas e os tiros fatais.
A investigação ainda não determinou de onde partiram os disparos incompatíveis, levantando novas hipóteses sobre as circunstâncias da morte do criminoso mais procurado do país naquele ano.
O homem e a caçada
Lázaro Barbosa ficou conhecido nacionalmente como o “serial killer de Goiás”, após uma sequência de crimes violentos que mobilizou forças policiais de todo o estado.
Durante 20 dias de buscas intensas, a operação cercou fazendas, invadiu matas e envolveu mais de 270 agentes na região de Cocalzinho de Goiás, a cerca de 130 km de Goiânia.
No dia 28 de junho de 2021, o cerco terminou com a morte de Lázaro em uma suposta troca de tiros com a polícia.
O caso, porém, segue envolto em contradições, e os novos laudos reacendem o debate sobre o que realmente aconteceu naquele confronto final.
As descobertas não apenas reabrem a discussão sobre os procedimentos da operação, mas também alimentam o mistério em torno de uma das caçadas mais emblemáticas da história recente do país.
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