O almoço de Daniel Vilela com vereadores de Goiânia já tinha potencial para movimentar bastidores, porém ganhou contornos inesperados com a ausência do presidente da Câmara, Romário Policarpo.
A justificativa de que teria sido “esquecimento” pelo vereador Lucas Vergílio, responsável pela organização, gerou mal-estar e levantou questionamentos.
A 1ª leitura é óbvia: é estranho esquecer de convidar o principal nome da Casa Legislativa.
Policarpo não é apenas mais um vereador; ele preside a Câmara e exerce influência direta sobre decisões políticas e pautas importantes.
O contexto político ajuda a entender a situação: Lucas Vergílio e Romário Policarpo não têm bom relacionamento.

Presidência da Câmara
A relação entre os 2 azedou durante a disputa pela presidência da Câmara, quando Lucas tentou articular sua eleição junto ao prefeito Sandro Mabel e outras lideranças, mas Policarpo acabou se reeleger.
Diante disso, a ausência do presidente pode não ter sido mero lapso, mas reflexo das tensões e alianças internas da Câmara.
O episódio teve ainda mais nuances nos bastidores:
▪️ Conforme apurado, o vereador Gustavo Gomides foi quem informou Policarpo sobre a reunião 1 dia antes do almoço, sem saber que o presidente não havia sido convidado.
▪️ Ainda de acordo com as informações, durante o almoço, o vereador Thialu Guiotti alertou Daniel Vilela sobre a ausência de Policarpo, explicando que ele não havia sido convidado.

▪️ Esse comentário despertou a atenção do vice-governador, que questionou Lucas Vergílio, sentado ao lado, se o presidente da Câmara havia sido convidado.
▪️ Lucas respondeu, diante de todos, que esqueceu de convidar Policarpo.
Em instantes depois, Daniel Vilela tentou contato com Romário via ligação de WhatsApp, mas não obteve resposta, mostrando que o episódio já tinha gerado constrangimento.
A ausência do presidente da Câmara gerou mal-estar.

Liturgia do cargo
Segundo apurações junto ao núcleo próximo de Policarpo, o fato de não ter sido convidado contrariou o presidente, que esperava mais respeito pela liturgia do cargo que ocupa.
Embora o “esquecimento” possa ter sido real, o episódio reforça que na política goianiense nada é neutro.
Cada gesto, cada ausência ou presença, é lida por aliados e opositores como indicativo de posição, força ou intenção.
Para Daniel Vilela, esse episódio serviu como alerta: mesmo gestos cuidadosamente calculados podem esbarrar em tensões internas e exigem atenção redobrada no trato com os vereadores, especialmente quando o presidente da Casa é um aliado.
A participação de Gustavo e Thialu evidencia ainda como a circulação de informações e alertas nos bastidores pode alterar a percepção de um evento político, mesmo quando o objetivo é harmonia e aproximação.
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