A capa da revista Crusoé e a matéria sobre o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, trazem análise política interessante, destacando os movimentos estratégicos de Zema em relação ao cenário nacional e às eleições de 2026.
Vamos analisar os principais pontos:
O embate Zema x Lula
O evento na montadora Stellantis, em Betim, serviu como palco para embate político entre Zema e o presidente Lula.
Romeu criticou o “inchaço da máquina pública” do governo federal, destacando a gestão enxuta e meritocrática de Minas Gerais, com apenas 14 secretarias.
Essa postura reforçou sua imagem de gestor eficiente e alinhado com princípios liberais, uma das bandeiras do partido Novo.
Lula, por sua vez, rebateu ao defender a importância da “sensibilidade” e do compromisso social na escolha de seus colaboradores, em contraponto à meritocracia pregada por Zema.
Esse embate retrata mostra as visões de gestão pública: uma mais técnica e enxuta (Zema) e outra mais focada em políticas sociais e inclusivas (Lula).

Zema e o projeto para 2026
A matéria sugere que Zema se posiciona estrategicamente para as eleições presidenciais de 2026.
Embora ele não possa concorrer a um 3º mandato como governador de Minas Gerais, seu comportamento recente indica que ele pode estar mirando candidatura nacional.
Zema tem criticado publicamente o governo Lula, o que pode ser visto como tentativa de se consolidar como voz relevante da oposição.
No entanto, as pesquisas mostram que ele ainda não tem grande visibilidade nacional, com intenções de voto entre 2% e 8%.
Isso sugere que ele precisa ampliar sua base de apoio e se tornar mais conhecido fora de Minas Gerais.
A estratégia de Zema: vice ou candidato?
A matéria aponta que Zema pode não ter força suficiente para liderar uma chapa presidencial, mas poderia ser forte candidato a vice-presidente.
O goiano Ronaldo Caiado apareceu como opção viável para compor chapa mais à direita.

Há também especulações sobre possíveis alianças, como uma chapa com Ratinho Júnior (governador do Paraná) ou até mesmo com Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo), caso este último não dispute a presidência.
A aproximação com o PSD, partido de Gilberto Kassab, pode ser considerado um movimento estratégico, já que o PSD tem maior capilaridade nacional e recursos financeiros, algo que o Novo, partido de Zema, não possui em grande escala.
O cenário político de 2026
O texto destaca que o cenário para 2026 ainda é incerto, especialmente devido à possível influência de Jair Bolsonaro, que mesmo inelegível pode impactar as estratégias da direita.
Se Bolsonaro insistir em se candidatar ou apoiar alguém, isso pode fragmentar o eleitorado de direita e dificultar a ascensão de nomes como Zema, Tarcísio ou Caiado.

Além disso, Zema tem o desafio de se projetar nacionalmente.
Apesar de ser popular em Minas Gerais, 62% dos brasileiros ainda não o conhecem, o que pode ser tanto uma desvantagem quanto uma oportunidade para crescer nas pesquisas.
A força de Minas Gerais
Minas Gerais é o 2º maior colégio eleitoral do Brasil, com 16 milhões de eleitores.
Isso faz com que Zema tenha peso significativo no cenário nacional, especialmente se conseguir levar consigo a maior parte do eleitorado mineiro em uma eventual candidatura ou aliança.
A postura de Zema
Publicamente, Zema nega pretensões presidenciais, afirmando que sua prioridade é apoiar o vice-governador Professor Mateus como candidato ao governo de Minas e um nome da direita ou centro-direita para a presidência.
No entanto, sua atuação recente sugere que ele se prepara para um papel mais destacado na política nacional.
A matéria da Crusoé retrata momento de transição na carreira política de Zema, que busca se consolidar como figura nacional.
—————–
Seu embate com Lula e suas críticas ao governo federal são movimentos estratégicos para se posicionar como alternativa à esquerda.
No entanto, Zema enfrenta desafios significativos, como a falta de visibilidade nacional e a necessidade de alianças para fortalecer sua candidatura.
Se Zema conseguir ampliar sua base de apoio e se aliar a partidos com maior capilaridade, como o PSD, ele pode se tornar nome relevante para 2026.
Caso contrário, seu papel pode se limitar a vice em uma chapa liderada por outro nome da direita, como Ratinho Júnior, Tarcísio ou até mesmo Caiado.
De qualquer forma, sua atuação nos próximos meses será crucial para definir seu futuro político.
Quer receber notícias dos bastidores da política de Goiânia?
Você está convidado a fazer parte de um grupo altamente bem informado sobre os rumos da cidade!
**Mande uma mensagem para o **Whatsapp da Folha Z e se cadastre para ter as matérias especiais da Folha Z direto do seu celular.
É só adicionar o telefone do jornal à sua agenda e mandar o seu nome e a seguinte mensagem: “quero notícias da política de Goiânia”
Discussão sobre isso post