Uma força-tarefa com cerca de 350 policiais militares está sendo realizada para prender um grupo criminoso que atacou a cidade de Confresa, no noroeste do Mato Grosso, a 1.160 quilômetros de Cuiabá.
Participam da operação, chamada de Cangaçu, militares de 4 Estados. Além de Mato Grosso, integram a força-tarefa Goiás, Tocantins, Pará e Minas Gerais
Os bandidos, cerca de 20 homens, fortemente armados, atacaram uma base da Polícia Militar (PM) e tentarem assaltar a empresa de valores Brinks, em 9 de abril.
Durante o ataque, os suspeitos ainda passaram pelas ruas da cidade atirando e provocando medo na população. Vídeos divulgados nas redes sociais descrevem o cenário de terror e pânico que aconteceu em Confresa.
De acordo com o comandante da PM mato-grossense, Márcio Barbosa, os suspeitos pretendiam roubar R$ 60 milhões e planejaram o ataque por mais de 1 ano.
Após o ataque, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, pediu para que Estados vizinhos que reforçasse o policiamento na divisa.
O grupo criminoso fugiu para o Tocantins pelos rios Araguaia e Javaés e se escondem na Ilha do Bananal. O local tem cerca de 20 mil metros quadrados e é considerada a maior ilha fluvial do mundo.
Quatro dias após os ataques, a PM de Tocantins pediu ajuda ao governo de Minas, que enviou 14 militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para a região, além de 2 helicóptero e drones.
Os militares mineiros são especialistas no Brasil em combate em áreas de mananciais e matas.
Até essa 5ª feira (20), 6 suspeitos foram baleados, não resistiram e morreram no local do confronto.
O último confronto ocorreu nesta 3ª feira (18), na zona rural do município de Pium, a 130 quilômetros de Palmas, e culminou com a morte de 4 criminosos e 1 foi preso.
Os 5 foram localizados pelo drone do Bope mineiro. O equipamento tem câmera termal acoplada.
O suspeito preso, durante o interrogatório aos policiais militares, relatou detalhes sobre os planos do grupo criminoso.
De acordo com ele, a quadrilha é do interior de São Paulo e investiu muito dinheiro no planejamento do assalto a empresa de valores em Confresa.
A busca pelos criminosos é feita com ajuda de 5 helicópteros, barcos, drones e cães.
Confrontos com policiais
Em 10 de abril, um dia após a tentativa de ataque a empresa de valores, o grupo criminoso fez uma família refém. Ao perceber a chegada da polícia, soltou a família e iniciou a fuga rumo ao Tocantins.
Ainda no mesmo dia, os criminoso confrontaram coma polícia próximo à sede do Projeto Canguçu, da Universidade Federal de Tocantins (UFT), já na região da Ilha do Bananal.
Neste confronto, ocorreu a morte do 1º suspeito.
Funcionários do projeto e turistas estrangeiros tiveram que ser escoltados pela polícia.
No dia seguinte, 11, os policiais prenderam 1 criminoso e apreenderam um arsenal de armamento pesado com munições e armas de calibre pesadas, capazes de derrubar helicóptero.
No dia 12, a polícia trocou tiros com os criminosos na zona rural de Marianópolis do Tocantins. Neste confronto, 1 suspeito também foi morto.
O último tiroteio registrado, conforme mencionado já na matéria, ocorreu com o Bope de Mato Grosso.
Veja o vídeo da troca de tiros com o Bope:
Força-tarefa
Nesses 11 dias de cerco, houveram 4 confrontos entre os policiais e os criminosos.
6 suspeitos foram mortos e 1 foi preso.
Nenhum policial foi ferido.
As força-tarefa apreendeu armas de grosso calibre, coletes, roupa militar e munições
Alguns municípios próximos a Ilha do Bananal tiveram que suspender alguns serviços públicos, como aulas e atendimento médico, a fim de evitar riscos à população.
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