Após uma enxurrada de produções originais da Netflix sobre o universo quadrinesco da Marvel nos últimos anos, uma série especial e pouco badalada mantém o posto de destaque.
Recentemente, a plataforma de streaming foi do céu ao inferno (ou o contrário) com Iron Fist, Defenders e Punisher, monopolizando a audiência quando o assunto é o universo Marvel na televisão.
Mas, longe dos holofotes e com o reduzido orçamento da TV aberta estadunidense, a veterana Shield segue na dianteira das adaptações de gibis em formato seriado.
Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. voltou para a sua quinta temporada em dezembro e mostrou que não está cansada de se reinventar e sair da sua zona de conforto.
Se a primeira temporada não dava mostras desse potencial, parecendo mais uma sombra blasé na cauda longa dos “Vingadores”, tudo mudou a partir do segundo ano.
Desde então, Shield passou por tramas que beberam dos roteiros de “Alien”, “Matrix” e até “Fringe”.
A série já mostrou, sem perder a compostura, criaturas de outro planeta, androides senscientes, universos simulados e paralelos, viagens no tempo e política internacional.
Tudo isso permeado de alguma crítica social minimamente relevante.
Na atual quinta temporada, os expectadores acompanharão um futuro distópico em que a Terra foi destruída.
Lá, toda a humanidade sobrevive à beira da extinção sob a tirania dos Kree, uma raça alienígena superpoderosa e, não menos importante, azul.
Mas o grande mérito de Shield é mesmo a evolução dos seus personagens. A grande mudança de Daisie, que já foi Sky, é coisa rara de se ver na televisão.
A maioria das séries (como esta que a coluna comentou na semana passada) evitam ao máximo mudar drasticamente as características dos seus protagonistas.
Isso porque veem na estabilidade a chave para manter a audiência em números regulares.
Sem essa covardia, Shield se tornou a melhor série baseada em quadrinhos (não só da Marvel, mas como também da DC e até da Image) na televisão. Duvida? Então assista!
The Walking Dead: a surpresa que não comove ninguém [SPOILERS]
O midseason finale de The Walking Dead (S08E08) mostrou ao menos uma novidade em meia temporada de enrolação.
A revelação de que Carl Grimes foi mordido por um zumbi, porém, trouxe à tona a pergunta que não quer calar: quem se importa?
Carl, que já havia perdido qualquer traço de relevância em meio à inexplicável crise de personalidade da série, agora terá uma inevitável jornada de sofrimento e autopunição.
Mas, como em outros momentos em que os roteiristas da série foram covardes e apelaram para recursos como as quase-mortes de Glenn, a mesma traquinagem pode estar a caminho.
Fãs já teorizam que Carl não teria sido mordido por um zumbi, mas sim por um dos “Sussurradores”.
Nos quadrinhos, esse grupo veste-se com as peles dos mortos para viver em meio a eles e adota uma filosofia de abandono total da humanidade e do personalismo.
Na visão de Carl, seu algoz dentado foi de fato um zumbi. Mas, na verdade, ele não passava de um espião fazendo as vezes de morto-vivo.
De qualquer maneira, esperamos que Carl morra antes da esperança de um TWD melhor e que a baixa seja o prenúncio do retorno às boas primeiras temporadas.
The Walking Dead volta no dia 25 de fevereiro para a segunda metade da oitava temporada.
A coluna é publicada semanalmente às quintas-feiras.
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