Abacaxi queimado na segurança em GO
A morte de uma médica em Porto Alegre foi a gota d’água para a exoneração do secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Dezenas de outros casos já aterrorizavam os gaúchos. Em Goiás, infelizmente, a simples troca do titular não seria suficiente para criar uma nova perspectiva de reação à bandidagem. José Eliton acumula as funções de vice-governador e secretário do programa Tolerância Zero com a criminalidade. Seu afastamento da pasta representaria a assinatura do atestado de desmoralização e incompetência do governo para lidar com o problema.
Equívocos administrativos
Enquanto isso os goianos seguem sofrendo com a interminável sequência de explosões em caixas eletrônicos – a última foi na Praça Tamandaré, a poucos metros da sede do governo – e com o crescimento dos índices de violência em função do baixo efetivo das Polícias Civil e Militar. Os movimentos grevistas motivados pela falta de estrutura técnica e de pessoal comprovam os erros administrativos cometidos ao longo dos últimos anos pelo governador Marconi Perillo. Não se faz segurança pública apenas com bons salários – e o pior é que a remuneração de R$ 1,5 mil para novos PMs derrubou a única bandeira positiva dos palacianos.
LEIA MAIS: Daniel Carvalho rompe com o Goiás e pode anunciar aposentadoria
Xerife é o de menos
O que fazer então com o “abacaxi” chamado José Eliton no comando da secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás? Quem não se lembra da relutância de Marconi, durante desastrosa entrevista coletiva no Palácio das Esmeraldas, para exonerar o então secretário Joaquim Mesquita? O governador tinha exata noção, mesmo não admitindo publicamente, que o cerne do problema não estava no “xerife” do momento, mas sim no abismo, criado por ele próprio, da falta de medidas de médio e longo prazo para a área.
Substituição necessária
O recomendável, agora, seria uma drástica mudança do titular e de atitude no comando da Segurança Pública. O vice-governador ficaria livre para fazer o que mais lhe interessa no momento: acordos políticos com foco nas eleições de 2018. Está difícil encontrar alguém disposto a embalar o “abacaxi” José Eliton, admitem até mesmo governistas assustados com a onda de insegurança na capital e nos municípios do interior.
Discussão sobre isso post