Quando decidimos ter um cãozinho como parte integrante da família desejamos que ele seja sociável.
Receba bem os amigos e crianças, conviva em harmonia com outros animais e saiba se comportar em diferentes ambientes e situações.
No entanto, para que o filhote não se torne um cão adulto reativo ou medroso, temos um papel importantíssimo na vida dele, que é promover uma boa sociabilização.
Início
Entre o segundo e o terceiro mês de vida do cão a curiosidade dele supera o medo do desconhecido. Não existem grandes traumas que impeçam o pequeno de explorar as mais diversas situações.
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Por isso, é justamente nesta fase que a sociabilização deve ser iniciada.
Neste período, o filhote se encontra mais receptivo às novidades, tornando o processo de apresentação ao mundo mais fácil e favorável.
Devemos expor o filhote a diferentes estímulos como pessoas, animais, objetos, barulhos, ambientes e situações.
A apresentação deve sempre ser realizada de forma gradativa (sem pressa) e positiva.
Tenha paciência e tranquilidade neste processo, sempre respeitando os limites e a sensibilidade do filhote e dando-lhe apoio quando necessário.
Com pessoas
É interessante que o filhote tenha contato com todos: pessoas magras, altas, gordinhas, baixinhas, carecas, cabeludas, com e sem barba, homens, mulheres, crianças e idosos.
A apresentação e a interação devem ser agradáveis. Convide alguns amigos que amam filhotes para conhecer o seu e permita que eles brinquem e ofereçam petisquinhos ao amiguinho.
Com animais
O seu filhote deve ser apresentado aos mais diversos animais, sobretudo àqueles com os quais ele conviverá.
A apresentação deve ser sempre supervisionada e com cães que você já conhece o temperamento. Procure apresentar pets calmos e tranquilos para evitar qualquer tipo de susto ou associação negativa com a experiência.
Podemos promover brincadeiras e oferecer brinquedos, carinho, atenção e petiscos para ambos durante a interação.
Com objetos e situações
A apresentação de objetos e situações com os quais o cão conviverá durante a vida é importantíssima para que ele não tenha medo ou aversão.
Podemos citar, como exemplos, objetos como a coleira e a guia, aspirador de pó, secador de cabelo, carro, moto, ônibus, barulhos de buzina, fogos de artifícios e trovões.
Assim como as outras, essa apresentação também deve ser feita de forma gradual e positiva.
Podemos apresentar os objetos durante uma brincadeira ou passeio, por exemplo, valorizando mais o momento agradável do que o objeto ou a situação em si, de forma que o primeiro contato seja positivo e tranquilo.
Existe uma ressalva quanto ao período de vacinas e imunização. Nesta fase, que coincide com o período mais favorável para a sociabilização, é orientado que os cães não saiam para passear.
Promova, então, encontros com cães vacinados e saudáveis em sua casa ou passeios de carro e no colo.
Devemos ressaltar também que a maneira como a socialização é conduzida afetará a forma como o cão adulto entenderá e consequentemente se relacionará em sociedade.
É nesta fase também que uma má sociabilização implicará nos grandes traumas que o cão carregará por toda a vida.
Ser sociável é interagir e adaptar-se às diversas situações de forma natural e tranquila, tornando o cão mais resiliente e feliz.
Caso não se sinta seguro em realizar a sociabilização sozinho, procure orientações de um profissional.
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