O advogado que defende o suspeito de matar Raycá Fernandes, de 23 anos, disse que seu cliente, Gustavo Mendes, de 20 anos, não tem ligação com o crime, que aconteceu na boate Play Hall, no Jardim Atlântico, em Goiânia no último fim de semana. José dos Reis Filho, o advogado, e Gustavo foram até a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios na manhã desta terça-feira (14), mas o delegado responsável pelo caso não estava presente para pegar o depoimento do jovem.
José dos Reis afirmou que Mendes estava na boate no dia do crime, mas que não foi o autor dos disparos contra Raycá. “Ele nem sabe o motivo de estarem acusando ele. As testemunhas disseram que o criminoso estava de roupa branca e, no dia da festa, o Gustavo estava de roupa preta. Imagens de câmera de segurança podem comprovar isso”, disse o advogado.
Em entrevista ao Mais Goiás, Gustavo disse: “Eu estava na festa, escutei os tiros e vi muita gente correndo, mas não tenho nada com isso. O Raycá era amigo de dormir lá em casa, mas nós brigamos há alguns meses por conta de bobagens e paramos de nos falar, mas eu não tinha motivos para matá-lo, tanto é que estou aqui para provar minha inocência”, relatou.
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Depoimentos
O defensor disse que Gustavo foi até a delegacia deliberadamente para prestar depoimento e levar as roupas que usava no dia do crime para servirem de provas, mas como o delegado não estava presente, ambos foram embora. A assessoria da Polícia Civil informou que Paulo Ludovico, o delegado responsável, estava fora da delegacia durante a manhã. No entanto, o suspeito poderia dar o depoimento para qualquer outro delegado de plantão.
A Polícia Civil suspeita que a morte de Raycá esteja ligada com o tráfico de drogas. Já foram ouvidas sete testemunhas sobre o caso. “Ficou claro que é uma execução. Até uma informação de alguma testemunha é nesse seguinte sentido, que o autor foi ao local para executar a vítima. A motivação desse autor seria realmente uma disputa por tráfico de drogas”, afirmou o delegado.
O crime
O crime aconteceu na madrugada do dia 12. Raycá estava em uma festa da boate organizada por uma academia quando um homem armado entrou e atirou contra ele. O jovem morreu no local. De acordo com um dos organizadores da festa, Thalisson Silva, não houve discussão entre a vítima e o autor antes do crime.
Uma das testemunhas ouvidas pela polícia foi o bombeiro que tentou socorrer Raycá. Ele diz que não conseguiu ver quem efetuou os disparos. “Eu só consegui identificar o barulho dos disparos e a multidão veio tentando sair do local. A gente fez a evacuação do local, tentei reanimá-lo, mas infelizmente ele veio a óbito”, disse.
A mãe do jovem, Maria Aparecida Balbino, afirma que Raycá também foi roubado na boate. “Levaram a carteira e os documentos, R$ 4 mil que estava dentro da carteira. Eu espero justiça, só isso que eu espero”, lamenta.
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