Grande parte da população do Amapá completou o 10º dia nesta 5ª feira (12) convivendo com apagão e racionamentos de energia elétrica e água.
Das 16 cidades do estado, 13 enfrentam a situação, que já foi considerada como estado de calamidade pública, desde o último dia 3 de novembro.
A situação fez com que as eleições no Estado, que aconteceriam nesse domingo (15), fossem adiadas.
Sobre o atual momento, a jornalista Dulcivânia Freitas contou ao portal de notícias Piauí como foi conviver com a falta de energia elétrica e água no forte calor equatorial, com temperaturas constantes na casa dos 30º C.
Dias de agonia, aflição, incertezas e esperanças
No dia 3 de novembro, Macapá, capital do estado, amanheceu com o céu encoberto por nuvens, prenúncio de um dia chuvoso.
Dulcivânia, que mora no Amapá há 15 anos, pensou se tratar da chegada prematura das fortes precipitações, que acontecem em dezembro.
A alegria com a possível chegada da chuva se transformou em apreensão ao cair da tarde, com uma sequência de raios, trovões e relâmpagos.
Já acostumada com o período, a jornalista já previa o momento em que a energia cairia. E caiu, por volta das 21h daquele dia.
Rapidamente, Dulcivânia foi se inteirando dos rumores das redes sociais de que toda Macapá estava sem luz.
Com o passar da noite, Freitas aceitou que a noite seria no escuro e no calor.
Confirmação dos fatos
No dia seguinte, 4 de novembro, veio a confirmação de que 13 das 16 cidades do Amapá estava sem energia.
A aflição e agonia já tomou conta dos amapaenses por conta da falta de previsão da normalização da energia.
O único fato que tinham nas mãos era de que um transformador explodiu na principal subestação e não tinha outro para repor.
No dia 5, começou mais um problema: sem a eletricidade, a companhia de abastecimento de água não tinha condições de funcionar.
Parte da população precisou de caminhões-pipa para ter água potável.
De acordo com Dulcivânia, o cenário já era apocalíptico: filas longas em postos, pessoas deixando a cidade, compras com volume grande de produtos para serem estocados etc.
Somente no sábado (7), houve a promessa de um rodízio de fornecimento da energia, que veio de fato no domingo.
No primeiro momento, cada cidade com suas regiões revezavam com a eletricidade em turnos de 6h.
Completados 10 dias de escuridão e absurdo nesta 5ª, o revezamento ocorre de 3 em 3 ou 4 em 4 horas.
Entre a escuridão pela falta de luz ou informações de fato, os amapaenses vão vivendo apenas de esperanças.
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