Um homem tem tirado o sossego de moradoras do Jardim América, em Goiânia, após várias denúncias de atentado ao pudor e assédio sexual. O foco dos relatos é a região entre as avenidas T-63 e T-9.
O primeiro relato colhido pelo Folha Z é de uma comerciante de 39 anos. Ela trabalhava no balcão da sua loja, na entre as ruas C-210 com C-217, quando um motociclista parou na esquina e começou a assobiar, repetindo “moça, moça”.
Quando ela olhou para a direção do homem, ele saltou da moto, desceu as calças e começou a se masturbar. Muito nervosa, ela não conseguiu nem mesmo pegar o celular para registrar a cena ou fazer a denúncia.
Tudo ocorreu por volta das 14h do último sábado, 19. Segundo a comerciante, seus hábitos agora mudaram: “estou insegura a todo instante, nem deixo minhas filhas saírem sozinhas mais pelo setor”, afirmou.
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Estudante
Uma estudante do Colégio Estadual Jardim América, de 14 anos, também relatou à reportagem que, ao sair da escola por volta das 18h, foi seguida por um homem pela Avenida T-63. Ele mostrou o órgão genital para ela e fugiu assim que a menina gritou por socorro.
No trajeto para sua casa, porém, chegando na Praça da Avenida T-8, a estudante foi surpreendida novamente pelo agressor. Mas, como o local estava movimentado, ele apenas a observou e seguiu.
Aposentada
O terceiro relato é de uma aposentada de 60 anos. Segundo ela, o motoqueiro a seguiu pela Avenida C-171, que liga o Jardim América ao Setor Nova Suíça. Próximo a uma praça, abaixo do Supermercado Monza, o homem assobiou para chamar a atenção da mulher e colocou o pênis para fora. Assustada, ela correu do local.
Quarto relato
O último relato é de uma funcionária do Folha Z. A agressão a ela ocorreu durante uma caminhada por volta das 20h. Um motoqueiro com características semelhantes passou por ela em uma moto escura e parou a poucos metros de distância, observando. Antes que algo de ruim acontecesse, ela fugiu do local, desesperada.
Retrato
Além do modo de operação semelhante, todas as vítimas relataram à reportagem que o agressor andava em uma motocicleta preta, usava capacete escuro, jaqueta ou blusa de frio e calça jeans.
Como agir
De acordo com o tenente Valdeildo, da 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (9ª CIPM), a recomendação em casos de assédio ou crimes semelhantes é evadir do local, buscar ajuda e ligar imediatamente para a viatura da PM que atende o setor. A denúncia para a viatura, inclusive, é recomendada mesmo em casos de mera suspeita: 9.9631-4155.
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